COVID-19

Porto Alegre: risco de internação em UTI de não vacinados é 16 vezes maior que o de vacinados

Análise da Vigilância em Saúde da Capital também revela que 84% das internações são de pessoas com alguma comorbidade

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Pesquisa mostra a importância de completar o ciclo vacinal para reduzir as chances de ter um caso grave de covid-19 - Foto: Cristine Rochol/PMPA

Análise feita pela Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, divulgada nesta quinta-feira (20), constata a importância da vacinação. O risco de internação em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma pessoa com esquema vacinal incompleto contra covid-19 é 16,4 vezes maior do que o de uma pessoa com o esquema vacinal completo.

Já o risco de internação em leito clínico de uma pessoa com esquema vacinal incompleto contra Covid-19 é 11,6 vezes maior do que o de uma pessoa com o esquema vacinal completo.

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O resultado foi realizado sobre dados do Sivep/Gripe, sistema de informações do Ministério da Saúde que registra os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O levantamento considerou a internação de 121 pessoas por SRAG com covid-19 confirmada, das quais 49 necessitaram de UTI, entre 5 de dezembro de 2021 e 15 de janeiro. O período inicial coincide com o início da circulação da variante ômicron na cidade (o primeiro caso foi confirmado em 10 de dezembro de 2021).

Dos 121 casos encontrados no sistema, 28 eram de pessoas que não tinham nenhuma dose ou estavam com esquema incompleto e precisaram de leito de UTI. Destaca-se, de acordo com os dados do vacinômetro da capital, nesta quinta-feira, que apenas 91.084 (7,5%) pessoas estão com esquema incompleto no município de Porto Alegre. Ou seja, a chance de internar em leito de UTI nesse grupo é de uma pessoa para cada 3.253, enquanto que a chance de uma pessoa com esquema completo é de uma pessoa para cada 53.346 pessoas.

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Outros dados relevantes da análise indicam que 84% dos casos (102) são de pessoas com alguma comorbidade ou fator de risco e 58%, ou 70 pacientes, são idosos.

"É importante que especialmente as pessoas com comorbidades procurem manter-se com esquema vacinal completo. Além disso, reforçamos a importância do distanciamento – que as pessoas evitem promover ou participar de festas e aglomerações – do uso adequado de boas máscaras e da higienização das mãos frequente com água e sabão ou álcool 70%”, enfatiza o diretor da Vigilância em Saúde municipal, Fernando Ritter.

* Com informações da Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira