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Como voltar às aulas na pandemia com segurança? Confira no Programa Bem Viver

Especialista dá dicas de como aumentar a segurança de crianças e adolescentes na volta às aulas

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Uso de máscara, distanciamento e ventilação são as principais orientações para minimizar o contágio em escolas
Uso de máscara, distanciamento e ventilação são as principais orientações para minimizar o contágio em escolas - Tobias Schwarz / AFP
Não leve o filho para a escola se ele tiver qualquer sintoma, mesmo que leve

Esta e a próxima semana são datas importantes para estudantes de todas as regiões do país: é quando terminam as férias e voltam as aulas, em escolas públicas e privadas. Mas em um período de recrudescimento da pandemia, com recordes diários de contaminações, como garantir que segurança a alunos, profissionais da educação e familiares?

Essa é a principal pergunta discutida na edição de hoje (2) do Programa Bem Viver, em conversa com o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, membro do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Como grande parte das crianças ainda não se vacinou contra a covid-19, o especialista dá dicas para pais e responsáveis de como aumentar a segurança de crianças e adolescentes na volta às aulas.

“É possível minimizar o risco de transmissão. Acima de 2 anos, a criança pode e deve usar máscara. Elas, inclusive, se adaptaram muito bem. A melhor é a PFF2, que já tem modelos pediátricos. A segunda melhor são as cirúrgicas, também pediátricas, e a terceira as de tecido com três camadas”, disse. “Secretarias de Educação e donos de escolas devem que garantir máscara de qualidade para alunos e profissionais da educação.”

É fundamental também manter os ambientes o mais arejados possível, com janelas e portas abertas, para permitir a circulação de ar. Também é importante manter distanciamento de no mínimo um metro entre as mesas e preferir atividades ao ar livre. Na hora da alimentação, um dos momentos mais preocupantes, a recomendação é que as crianças sejam orientadas para comerem separadas.

“Um ponto importante, quase um apelo, é para não levar o filho para a escola se ele tiver qualquer sintoma, mesmo que muito leve, como nariz escorrendo, tosse leve, dor e garganta, diarreia. Nestes casos, deixe a criança em casa e avise a escola para ela orientar o isolamento da turma”, pontua.

Indígenas recém-contatados em risco

Documentos obtidos da Fundação Nacional do Índio (Funai) revelam que o órgão descobriu, em setembro do ano passado, um povo indígena isolado e até então desconhecido. Ao que tudo indica, a comunidade está evitando qualquer contato com o restante da sociedade. O grupo se concentra em uma região densa da floresta, no sul do estado do Amazonas.

O que mais preocupa nesta notícia é que já se passaram cinco meses desde a constatação da comunidade e nenhuma atitude foi tomada pelo órgão para proteger o povo. Especialistas que criticam a atitude da Funai que, segundo eles, está descumprindo seu dever constitucional, que é de proteger e garantir a autonomia dos povos indígena.

Dia de Iemanjá

O 2 de fevereiro fala por si: é o Dia de Iemanjá, data sagrada para muitas religiões no Brasil. De norte a sul do país, praias costumam ser palco de eventos lindíssimos em homenagem a Rainha do Mar.

Porém, neste ano, mais uma vez, a história vai ser diferente. Por conta da pandemia, as celebrações serão bastante restritas. Em Salvador, onde ocorre a maior festa do país, o evento foi cancelado antecipadamente pela prefeitura para evitar aglomerações.

E se engana quem pensa que é apenas nas cidades litorâneas que 2 de fevereiro é comemorado. Brasília concentra uma das celebrações mais tradicionais da data, a chamada Festa das Águas, que ocorre anualmente na Praça dos Orixás.

Trata-se de uma iniciativa do Instituto Rosa dos Ventos, com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O objetivo é valorizar e ampliar a participação pública de terreiros, grupos culturais e artesãos, reafirmando a força das culturas de matriz africana.

Em entrevista ao Brasil de Fato, a presidente da Rosa dos Ventos, Stéffanie Oliveira, defendeu que a Festa das Águas não só homenageia as organizações culturais, mas também exalta o povo, a comunidade, a negritude e a ancestralidade negra, além de contribuir para na luta antirracista.


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Edição: Sarah Fernandes