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Início Política

DISCURSO EM BRASÍLIA

Leonardo Sakamoto: Maior agressor de jornalistas, Bolsonaro defende ‘liberdade de imprensa’

Presidente queria cutucar Lula na abertura dos trabalhos do Legislativo, mas acabou dando uma aula de cinismo

02.fev.2022 às 18h56
Leonardo Sakamoto
|UOL

Antes de participar da abertura dos trabalhos do Legislativo, Jair Bolsonaro compareceu à cerimônia que anunciou mudanças na prova de vida do INSS - Valdenio Vieira/PR

Apontado por relatório da Federação Nacional dos Jornalistas como a principal ameaça à liberdade de imprensa no Brasil, Jair Bolsonaro (PL) defendeu, nesta quarta (2), vejam só, a liberdade de imprensa. E nem corou as bochechas diante da contradição.

"A nossa liberdade, a liberdade de imprensa garantida em nossa Constituição, não pode ser violada ou arranhada por quem quer que seja nesse país", disse o presidente em discurso na abertura dos trabalhos de 2022 do Poder Legislativo.

Jair queria cutucar o ex-presidente Lula, que defende o debate sobre a regulação de imprensa. Acabou dando uma aula de cinismo.

O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborado pela Fenaj, foi divulgado na semana passada com os dados de 2021. Nele, o presidente da República repete 2020 e aparece novamente como o principal agressor de jornalistas, responsável por 147 casos registrados, ou 34,19%. No total, foram 430 casos em 2021, dois a mais que o ano anterior.

Dirigentes da EBC, empresa pública de comunicação sob responsabilidade de Bolsonaro, responderam por outros 142 casos – ou 33,02% dos registros, principalmente por conta da censura baixada durante a atual gestão. E 4,65% dos casos partiram de manifestantes bolsonaristas.

Ele também aproveitou para cutucar o Tribunal Superior Eleitoral e setores do Congresso Nacional que analisam a exigência de que plataformas digitais tenham escritório no Brasil para poder operar em nosso território a partir de uma quantidade de usuários. "Os senhores nunca me verão pedir pela regulação da mídia e da internet. Eu espero que isso não seja regulamentado por qualquer outro poder", disse.

Das grandes plataformas, a única que não tem representação e, por isso, ignora sistematicamente as decisões judiciais sobre retirada de material de ódio, é o Telegram – aplicativo que Bolsonaro está preparando para articular seus seguidores nas eleições de outubro.

"A nossa liberdade acima de tudo", defendeu o presidente. O problema é que essa frase não apenas é um equívoco, mas vai contra as leis do país.

De acordo com a Constituição, nossos direitos individuais são limitados pelos direitos de terceiros e da sociedade, em um delicado equilíbrio. Sabemos que a liberdade de expressão não é direito absoluto porque não há direitos absolutos – nem a vida é, caso contrário, não haveria a legítima defesa. E que todos nós podemos ser responsabilizados quando abusamos desses direitos, usando nossa liberdade de expressão, por exemplo, contra a saúde ou a integridade física de outras pessoas.

Bolsonaro veio subverter esse processo, tornando regra a impunidade pelo ódio e pela mentira que mata e machuca espalhada em massa.

Desde que assumiu o poder, trabalha para propagar a ideia de que o interesse dos indivíduos é sempre mais importante do que o bem-estar da coletividade. Isso não vale a todo o indivíduo, apenas para o "povo escolhido" de Jair Messias, ou seja, os grupos que o apoiam, que fazem parte dos 15% que acreditam em tudo o que ele diz ou dos 9% que estão, hoje, com ele por conveniência.

Entre eles, estão garimpeiros, madeireiros, agropecuaristas que agem de forma ilegal, líderes religiosos ultraconservadores, empresários que desejam fazer o que quiserem sem ser importunados pela CLT, políticos e servidores públicos interessados em levar vantagem, milicianos e parte da banda podre das Forças Armadas e das polícias, entre outros.

No culto bolsonarista, a liberdade individual de não vacinar seus filhos contra a covid-19 é mais importante do que a vida das crianças e dos adultos que têm contato com elas; a liberdade de não usar máscara é mais importante que salvar vidas na pandemia; a de desmatar a Amazônia é maior do que os impactos mundiais das mudanças climáticas e a consequente falta de água para gerar energia e matar a sede; a de lucrar a qualquer custo é mais relevante do que a de garantir um mínimo de dignidade aos trabalhadores; a de correr nas rodovias está acima da integridade física de outros motoristas e da vida de suas famílias.

É esse culto que ele veio defender no Congresso Nacional nesta quarta. E é esse projeto de país que ele vai tentar aprofundar nas eleições do ano que vem. Vende-se como humilde, pedindo harmonia entre os outros poderes no discurso. Enquanto isso, na prática, erode o equilíbrio entre eles.

*Artigo publicado originalmente no Portal UOL.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Conteúdo originalmente publicado em UOL
Tags: congresso nacional
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