TRANSPORTE PÚBLICO

RJ: Supervia e governo estadual adiam aumento da passagem de trem para março

Defensoria Pública afirma que reajuste de 40% na tarifa é "abusivo e danoso" à população fluminense

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Supervia trem
Nos últimos meses, concessionária virou alvo de muitas reclamações de passageiros por instabilidades no sistema operacional - Divulgação/Supervia

A Supervia, empresa de trens urbanos, e a Secretaria estadual de Transportes do Rio de Janeiro comunicaram, na última terça-feira (1º), que decidiram adiar para março o aumento da tarifa de trem que passaria a valer a partir desta quarta-feira (2). Na semana passada, a Defensoria Pública do Estado enviou ofício pedindo informações sobre o índice de 40% no reajuste da tarifa, que passaria de R$ 5 para R$ 7.

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Pelo contrato de concessão de operação do sistema ferroviário de transporte de passageiros, o reajuste tarifário anual é realizado com base no Índice Geral de Preços acumulado (IGP-M). Entre dezembro de 2020 e 30 de novembro de 2021 o índice foi de 17,89%.

O cálculo do novo valor é feito com base na tarifa homologada em 2020, ou seja, de R$ 5,90, que, segundo a Supervia, deveria ter sido praticada desde fevereiro de 2021. No entanto, a agência reguladora suspendeu esse reajuste e, desde então, a concessionária manteve os R$ 5 de tarifa.

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O governo estadual informou que, com o adiamento, haverá novas discussões sobre o reajuste. No ofício enviado, com apoio de mais de 40 instituições da sociedade civil, a Defensoria informava que o reajuste de 40% é considerado abusivo e danoso aos consumidores, principalmente em razão do momento pandêmico, que afeta os aspectos econômicos, sociais e de saúde dos consumidores.

"A Defensoria acompanha atentamente todos os passos desta situação, sempre destacando os impactos da crise sanitária e desemprego na vida da população fluminense", apontou o coordenador do Nudecon, defensor Eduardo Chow De Martino Tostes.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda