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"Se Moïse fosse europeu ou norte-americano, teríamos outra reação", avalia militante negro

Para Wesley Teixeira, da Coalizão Negra por Direitos, o Brasil "empurra" refugiados para a vulnerabilidade

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De segunda a sexta, sempre às 19h45 - Foto: Emilly Firmino, Matheus Alves e Guilherme Gandolfi
As pessoas que estão no poder legitimam situações como essa

O crime recente que matou o congolês Moïse Kabamgabe, no Rio de Janeiro, chocou o país com a brutalidade do caso. O jovem, que vivia no Brasil como refugiado, foi espancado durante 15 minutos até a morte por homens do quiosque onde trabalhava, após, segundo familiares, cobrar dois salários atrasados.

O caso de Moïse repercutiu por todo o país e incentivou atos por justiça e solidariedade à família do Congolês. A morte do congolês levantou o debate sobre o racismo estrutural e a xenofobia ainda evidentes no Brasil, como expõe o convidado do Entrevista Central, Wesley Teixeira, da Coalizão Negra por Direitos.

"Negar a remuneração salarial, torturar e matar é o que o Brasil faz há 500 anos com os africanos e seus descendentes. A morte de Moïse deixa claro como o racismo age no nosso país. Vivemos uma naturalização da violência contra pessoas negras"

Teixeira também aponta a urgência do investimento em políticas públicas que combatam o racismo e xenofobia no país, principalmente contra imigrantes negros.

"A realidade dos imigrantes negros no Brasil é de uma ausência total de políticas públicas. São pessoas que são jogadas para a precarização porque, além de enfrentarem a barreira da língua, da moradia digna, de empregos adequados, também não encontram suporte do Estado. O assassinato de Moïse é um caso diplomático, e o que estamos vendo é uma enorme indiferença porque é mais um corpo negro morto no chão".

E tem mais!

O Trilhos do Brasil traz experiências solidárias nos estados do Santa Catarina e São Paulo. Iniciativas que têm atuado durante a pandemia assistindo pessoas em situação de vulnerabilidade.

Na última segunda-feira (31), acadêmicos e ativistas pró-democracia lançaram um centro especializado no pensamento e divulgação do Brasil nos Estados Unidos. Izadora Brito, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, participa do Embarque Imediato e expõe a importância da iniciativa.


A Parada Cultural desta sexta (4) indica o projeto "Som e Comida", uma experiência gastrocultural em que os participantes poderão saborear a comida típica da República Democrática do Congo, país do artista imigrante e cozinheiro,  Yannick Delass. Músicas do compositor e cantor também serão apresentadas durante a vivência gastronômica que acontece no Centro Cultural África, em São Paulo.

Sintonize

Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.

A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.

Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4

 

Edição: Matheus Alves de Almeida