Transfobia

Ato em Fortaleza protesta em memória da travesti Sofia Gisely, assassinada a pedradas no Ceará

Manifestação ocorre nesta terça (15), às 10h, em frente à Secretaria de Segurança Pública; Sofia foi morta na sexta (11)

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
Sofia Gisely foi assassinada a pedradas no bairro Bom Jardim, na periferia da capital cearense - Arquivo pessoal

O assassinato da travesti cearense Sofia Gisely, de apenas 22 anos, será lembrado por meio de ato realizado em Fortaleza, nesta terça-feira (15), data em que o estado do Ceará celebra o Dia Estadual de Enfretamento à Transfobia.

O evento ocorre às 10h, na avenida Bezerra de Menezes, em frente à Secretaria de Segurança Pública do Estado. O ato está sendo organizado pela Associação de Travestis e Mulheres Transexuais do Estado do Ceará (Atrac).

Na madrugada da última sexta-feira (11), a jovem Sofia Gisely foi assassinada a pedradas no bairro Bom Jardim, na periferia da capital cearense. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, o corpo da jovem foi encontrado em um terreno, caído ao solo e sem parte da roupa. Muitas pedras foram encontradas ao redor e em cima da vítima. As investigações iniciais não apontavam identificação dos criminosos. 

O Ceará é um dos estados com maior número de assassinatos de travestis e transexuais do Brasil.

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Pedido de audiência pública

Em nota, a presidenta da Atrac, Andrea Rossati, afirmou que, desde o início do ano, vários ofícios requerendo uma audiência com o secretário de Segurança Pública do Estado do Ceará foram enviados para que pudessem dialogar sobre os casos de LGBTfobia no estado, mas que não obteve retorno sobre esses pedidos.

“Pela ausência de um Plano Estadual de Segurança Pública para a população LGBTQIA+, pela ausência de celeridade nos processos da implantação de uma Delegacia Especializada de Crimes Raciais, e de Intolerância, pelos últimos assassinatos LGBTfóbicos no Ceará, estaremos juntos, juntas e juntes em ato para exigirmos justiça, por mais esse crime horrendo contra uma trans, e exigirmos uma Política de Segurança Pública para a população LGBTQIA+ desse Estado”, destacou a entidade.

Fonte: BdF Ceará

Edição: Francisco Barbosa e Rodrigo Durão Coelho