CRIME CONTINUADO

MG: documentário mostra impacto das chuvas na bacia do Rio Paraopeba e no Lago de Três Marias

Comunidades já haviam sido atingidas pelo rompimento da barragem da Vale, em 2019

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Na produção audiovisual, moradores relatam suas perdas e angústias - Foto: Documentário "Enchentes agravam situação nas comunidades atingidas pela Vale"

As fortes chuvas de janeiro de 2022 trouxeram inúmeras consequências aos municípios do estado de Minas Gerais. As famílias das cidades mais afetadas tiveram que lidar com casas alagadas, pessoas ilhadas, perda de móveis, perda de comida.

Comunidades ao longo da bacia do Rio Paraopeba e da região do Lago de Três Marias, atingidas pelo rompimento da Barragem da Vale, em 2019, em Brumadinho, sofreram mais uma vez com a lama contaminada pelo crime.

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Com o objetivo de registrar os impactos das chuvas nessas comunidades, o Instituto Guaicuy, assessoria técnica que acompanha os atingidos da região, lançou, na última semana, um minidocumentário.

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Na produção audiovisual, moradores relatam suas perdas e angústias. “Tem 21 anos que eu moro aqui, e nunca teve uma enchente tão forte igual a essa. Entrou dentro da minha casa, trouxe bastante lama para minha casa e meu quintal”, lamentou Andreia de Fátima, uma das atingidas cuja história é contada no filme. 

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Os moradores da região relatam ainda que perderam plantações e animais, reclamam a falta de acesso à água potável e denunciam a água suja de rejeitos presente no rio, em poços artesianos e em cisternas que abasteciam a comunidade.

“Nosso poço artesiano foi contaminado porque a enchente chegou até o teto da nossa água. Esse poço abastece a comunidade de Cachoeira do Choro”, relata a atingida Geneci Cristina. 

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Além das perdas, os atingidos também contam que, após o contato com a água contaminada, pessoas apresentaram problemas de saúde, como reações na pele.  

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Larissa Costa