TRAGÉDIA

Pesquisa Firjan: impacto de chuvas no PIB de Petrópolis (RJ) será de R$ 665 milhões

Empresários estimam período de duas semanas para reabertura, mas prazo pode ser ainda maior

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
petrópolis chuva
Deslizamentos e grande volume de água afetaram também estabelecimentos comerciais no centro da cidade - Mauro Pimentel/AFP

As chuvas de Petrópolis, na última terça-feira (15), já causaram a morte de mais de 170 pessoas, provocaram o que já é considerada a maior tragédia na história da cidade da região serrana do Rio de Janeiro e ainda deixarão um prejuízo econômico alto para a cidade de 307 mil habitantes.

Leia mais: Petrópolis: "Família Imperial" oferece orações e recebe críticas sobre imposto colonial

Segundo um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta segunda-feira (21), o Produto Interno Bruto (PIB) de Petrópolis deve sofrer perda de R$ 665 milhões. O cálculo considera o impacto direto e foi calculado após a realização de pesquisa junto a 286 empresas, de 16 a 18 de fevereiro.

Entre os entrevistados, 65% dizem que as empresas foram diretamente afetadas e 85% delas ainda não tiveram o funcionamento restabelecido. Para os que já conseguem vislumbrar uma normalização, a expectativa é de que o retorno total das atividades leve, em média, 13 dias. Porém, um em cada 3 entrevistados não sabe dizer no momento quando esse retorno será possível.

A pesquisa aponta ainda que 11% dos entrevistados que tiveram as empresas impactadas relatam desaparecimento ou morte de funcionários.

A Firjan também avaliou, através da pesquisa, as atividades das empresas. A linha de produção foi afetada em 35% delas. O impacto sobre a área administrativa e de vendas foi relatado, respectivamente, por 30% e 35% dos entrevistados.

Leia também: "Não dá para culpar só o volume de chuvas", diz professor de engenharia geotécnica da PUC-Rio

As maiores dificuldades enfrentadas são alagamento no entorno, citado por 77% dos representantes das empresas impactadas, e falta de energia elétrica e/ou telefone, relatada por 60% deles. Além disso, 31% registraram alagamento no interior da empresa e 23% citaram danos na estrutura física, como quebra de equipamento, desabamento ou condenação de muros e paredes.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda