Distrito Federal

Mobilização

Professores do DF cobram diálogo com governo para negociação de pautas da categoria

Categoria reivindica a recomposição das perdas financeiras dos últimos 7 anos e a realização de concurso de público.

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Diante da falta de interlocução com o GDF, a categoria decidiu aprovar um calendário de lutas, com nova paralisação agendada para o dia 24 de março. - Foto: Reprodução Sinpro/DF

Professores e orientadores da rede pública de ensino do Distrito Federal realizaram uma assembleia nesta terça (22) para cobrar do governador Ibaneis Rocha (MDB) a abertura de diálogo para tratar das pautas financeiras e pedagógicas da categoria. A atividade foi realizada no estacionamento da Funarte, em Brasília, e contou com a participação de 8 mil profissionais da educação.

Diante da falta de interlocução com o GDF, a categoria decidiu aprovar um calendário de lutas, com nova paralisação agendada para o dia 24 de março. De acordo com a diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Rosilene Correa, “é  o tempo necessário para o governo estabelecer um processo de negociação” e avançar com as demandas dos trabalhadores da rede de ensino.

Correa destaca que ainda não foi apresentada proposta de greve pela entidade sindical. “Pode ser que seja necessária quando a gente chegar num limite, mas a nossa disposição é de diálogo com o governo para a elaboração de uma proposta que atenda a categoria”, diz a dirigente.

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A categoria requer a recomposição das perdas financeiras dos últimos 7 anos, devido ao congelamento dos salários e do vale-alimentação do período.  Além disso, cobram a realização de concurso público para profissionais do magistério e da carreira de assistência.

Em nota, o Sinpro aponta que “é insustentável o quadro atual, em que cerca de 1/3 dos profissionais em exercício são contratados em regime temporário. Esse tipo de contratação cumpre papel importante também, entretanto, a contratação efetiva garante estabilidade para o trabalhador ou trabalhadora tanto quanto a continuidade do trabalho na escola, pilares da construção de uma educação de qualidade”.

Os trabalhadores denunciam ainda que são “vítimas de um calote”. Em 2013, foi garantido reajuste salarial de 23% a 70% à categoria. O pagamento foi negociado em seis vezes, sendo duas parcelas por ano. Entretanto, a última parcela, que deveria ter sido paga em setembro de 2015, não foi efetuada até hoje. O pagamento foi determinado pela Justiça do DF e, diante disso, o GDF indicou que fará o pagamento na folha de pagamento de abril.

O Sindicato diz que “ainda que o governo tenha se comprometido a cumprir a lei e pagar o reajuste devido à categoria desde 2015, a ação é insuficiente”.

Na ocasião, os profissionais lamentaram as vidas perdidas para a pandemia da covid-19 e o descaso do Governo Federal. Em especial, lembraram os colegas que partiram vitimados pelo vírus, saudados por um minuto de silêncio e por diversos cartazes que exibiam seus nomes”.

*Com informações do Sinpro-DF

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Edição: Flávia Quirino