direitos humanos

Quem financia mineradoras que ameaçam terras indígenas? O Programa Bem Viver responde

Bancos estão entre os principais financiadores de grandes empresas de mineração

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Indígenas protestam contra a mineração em seus territórios na Esplanada dos Ministérios em Brasília em junho de 2021 - Cícero Pedrosa Neto/Amazon Watch
Nove mineradoras somam 200 pedidos para explorar minérios em terras indígenas

Bancos brasileiros e estrangeiros estão entre os principais financiadores de grandes empresas de mineração, que atuam no Brasil e ameaçam terras e povos indígenas. A análise faz parte da quarta edição relatório “Cumplicidade na Destruição”, realizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela organização não-governamental Amazon Watch.

Só nos últimos cinco anos, nove gigantes do setor minerário receberam um total de US$ 54 bilhões em empréstimos e financiamentos. Na maioria são empresas com histórico de graves impactos ambientais, como Vale, responsável pelos crimes de Brumadinho (MG) e Mariana (MG). Os dados do relatório são destaque da edição de hoje (23) do Programa Bem Viver.

As pretensões futuras dessas nove empresas também despertam preocupação: juntas elas têm mais de 200 pedidos para explorar minérios dentro de terras indígenas.

Políticas de incentivo à cultura

Uma das áreas que mais sofreu cortes de verbas públicas desde 2016 foi a cultura. Logo no início do governo do ex-presidente Michel Temer foi feita uma reforma ministerial que rebaixou o Ministério da Cultura para a condição de secretaria.

E a partir daí, os cortes se acentuaram: o governo do presidente Jair Bolsonaro consolidou diversos desmontes ao setor da cultura, que ficou caracterizado por trocas constantes na pasta, uma delas inclusive após o ex-secretario de Cultura Roberto Alvim ter sido demitido por fazer um discurso com símbolos que remetiam ao nazismo.

Depois de um período, quem ocupou a cadeira foi a atriz Regina Duarte, que chegou a dar uma entrevista fazendo elogios à ditadura militar. Hoje quem está no cargo é Mario Frias. Ele, porém, pode ser investigado pelo Tribunal de Contas da União por ter feito uma viagem pessoal aos Estados Unidos, no final do ano passado, com dinheiro público.

Nesse cenário, as políticas de incentivo à cultura vão ficando pra trás. Quem discute as consequências para os artistas desse enfraquecimento é a produtora cultural e jornalista Tainá Barral. Ela é de Belém e atua principalmente no estado do Pará em ações de fortalecimento de coletivos e grupos culturais. A entrevista, concedida ao programa Central do Brasil, ganha destaque na edição de hoje do Bem Viver.

Comida afetiva

Quantas histórias cabem em um prato de comida? A reportagem do Brasil de Fato conversou com mulheres que mantém uma relação com o alimento para além do ato de cozinhar e comer.

Elas possuem toda uma trajetória pessoal ligada à escolha dos ingredientes e ao modo de preparo, que perpassam tradições familiares e comunitárias. Em geral a história começa na infância, com a família e com as pessoas que ensinaram a cozinhar.


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Edição: Sarah Fernandes