A manifestação contra a violência racial, ocorrida no dia 5 de fevereiro, é usada por parlamentares da Câmara Municipal de Curitiba para perseguir politicamente o vereador Renato Freitas (PT).
O protesto ocorreu em diversas cidades do país, convocado por movimentos populares após os assassinatos de Moïse Kabagambe e Durval Teófilo Filho. Em Curitiba, ocorreu em frente à Igreja do Rosário, símbolo da História da negritude na cidade. Após a missa, o ato teve continuidade, de forma pacífica, dentro da igreja.
Mas notícias falsas foram veiculadas sobre a manifestação. Freitas foi uma das pessoas que participou do protesto, o que foi aproveitado por seus opositores para abrir pedido de cassação de seu mandato.
A tentativa de cassação do vereador não tem fundamento jurídico. Trata-se de mais uma demonstração da crise institucional pela qual o Brasil passa e configura um ataque contra o próprio sistema eleitoral.
A violência política e racista que atinge Renato não se dá de maneira isolada. Parlamentares negras e negros têm sido perseguidas e sofrido ameaças por todo o Brasil sob a chancela de um governo federal que estimula a violência. Aqui, as elites políticas cumprem tal função de perseguição.
A defesa do mandato de Renato Freitas é a defesa do respeito ao processo eleitoral e à democracia.
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