Invasão russa

Rússia promete retaliar sanções dos EUA; Ucrânia acusa bombardeio em corredor humanitário

Número de refugiados ultrapassa 2 milhões de pessoas e novas sanções econômicas movimentam o noticiário

Brasil de Fato | São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) |

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Prédio destruído por bombardeio em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia - Sergey Bobok / AFP

A guerra na Ucrânia continua. Nesta terça-feira (8), o governo de Kiev voltou a acusar a Rússia de não respeitar os corredores para a saída da população civil; já a Rússia prometeu uma resposta após Estados Unidos e Reino Unido anunciarem um embargo à compra de combustível russo.

Rússia acusada de bombardear civis em Mariupol

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que os russos controlam "300 mil civis" como reféns na cidade portuária de Mariupol ao não respeitar os acordos pactuados para a evacuação de civis.

"Uma criança morreu de desidratação (!) ontem! Crimes de guerra fazem parte da estratégia deliberada da Rússia", disse Kuleba.

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De acordo com o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), 474 civis foram mortos até agora na guerra entre Ucrânia e Rússia e outros 861 ficaram feridos.

Segundo levantamento feito pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o conflito já resultou em mais de 2 milhões de refugiados. A maior parte deles, mais de 1,2 milhão de pessoas, fugiu para a vizinha Polônia.

Reposta ao embargo do petróleo russo

Estados Unidos e Reino Unido anunciaram nesta terça (8) que pretendem interromper a compra de petróleo, gás natural e carvão da Rússia. O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que a medida tem como objetivo atingir “a principal artéria da economia da Rússia”.

Como resposta, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto sobre medidas especiais no campo da atividade econômica estrangeira. O Kremlin determinou a proibição de exportação e a importação de determinados produtos e matérias-primas até ao final do ano, cuja lista será determinada pelo governo.

De acordo com o decreto, as restrições não afetarão bens e matérias-primas que russos, estrangeiros ou apátridas importarão ou exportarão do país para uso pessoal.

O presidente também instruiu o governo a determinar em dois dias a lista de países estrangeiros para onde será proibida a exportação desses bens.

* Colaboraram Thales Schmidt e Serguei Monin

Edição: Arturo Hartmann