FLEXIBILIZAÇÃO

Pesquisa: 80% dos brasileiros defendem uso de máscara, e 18% acham que deve ser abolida

Segundo Genial/Quaest, 51% dos eleitores de Lula e 22% dos de Bolsonaro defendem uso de máscara em todos os lugares

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Os "nem-nem" adotam postura intermediária entre os eleitores de Lula e Bolsonaro em relação ao uso de máscaras - Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16), que traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como favorito na eleição presidencial, também mostra a percepção dos brasileiros em relação à pandemia. Como resultado, 39% dos entrevistados defendem o uso de máscaras em todos os locais, enquanto 41% defendem somente em locais fechados. Outros 18% disseram que deveriam ser autorizadas a deixar de usar máscaras qualquer situação.

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Entre os eleitores de Lula, a maioria (51%) defende o uso de máscaras em todos os lugares e outros 37%, apenas em locais fechados. Os que querem o fim do uso do equipamento somam 11%. Até mesmo entre eleitores de Bolsonaro a maioria, 45%, considera necessário usar máscaras ao menos em locais fechados, enquanto outros 22% defendem o uso em todos os locais. Mas 31% dos bolsonaristas querem o fim das máscaras em todos os locais.

Entre os que dizem que não votarão nem em Lula, nem em Bolsonaro, 47% defendem as máscaras em locais fechados. 34% em todos os locais e 18% acham que seu uso deve ser abolido.

No geral, 44% ainda estão “muito preocupados” com a pandemia, enquanto 43% se dizem “pouco preocupados”. Outros 13% não estão “nada preocupados”. Há um mês, os “muito preocupados” somavam 67%, contra 27% “pouco preocupados” e 7% “nada preocupados”.

Leia também: Poder público começa a deixar a máscara de lado no Brasil: o que pensam especialistas?


Dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) / Genial/Quaest


Dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) / Genial/Quaest

Bolsonaro antivacina

Além disso, para 76% dos entrevistados, o Brasil tinha condições de se sair melhor se Bolsonaro não tivesse feito campanha contra as vacinas. Outros 22% discordam dessa afirmação. Até o momento, o próprio Bolsonaro afirma que não se imunizou contra a covid-19.

Ele foi um dos únicos líderes mundiais a não dar o exemplo, para estimular a população a fazer o mesmo. No entanto, o Planalto estabeleceu sigilo de 100 anos na carteira de vacinação do presidente, o que levanta suspeitas.

Foram inúmeras as declarações do presidente contra as vacinas. Na mais “celebre”, disse que o governo não se responsabilizaria se a pessoa “virasse jacaré” depois de tomar o imunizante. Em dezembro de 2020, quando o Brasil registrava mais de 180 mil mortes pela covid, chegou a dizer que a a pressa pela vacina “não se justifica”.

No início deste ano, Bolsonaro também afirmou que sua filha de 11 anos também não seria vacinada. Após o início da vacinação infantil, o Ministério da Saúde ainda insistia que pais e responsáveis “procurem a recomendação prévia de um médico” antes de vacinar os pequenos, contrariando todas as orientações dos especialistas.

Além disso, a CPI da Covid também identificou indícios de corrupção na compra de vacinas. Essas tratativas subterrâneas também seriam o motivo para o atraso na negociação com grandes laboratórios, como a Pfizer.

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Intensidade da pandemia e isolamento

Três em cada 10 (33%) também afirmaram que Bolsonaro estava certo, e a pandemia foi “muito menos forte do que a imprensa noticiava. Mas a maioria (63%) discordam dessa afirmação. Quanto ao isolamento social, a posição negacionista de Bolsonaro foi majoritária. Nesse sentido, 54% dizem que o presidente acertou ao se insurgir contra as medidas restritivas, já que o isolamento “só atrapalhou a economia. Outros 43%, no entanto, discordam dessa afirmação.

Por fim, 76% disseram que a pandemia foi um problema tão grande que qualquer presidente enfrentaria dificuldades no enfrentamento à doença. Por outro lado, 22% não concordaram com essa afirmação.