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SUBVERSÃO

Artigo | O que nos falta é coragem

Quem se cala aceita a banalização da barbárie e as injustiças sociais

22.mar.2022 às 15h05
Belo Horizonte (MG)
Éverlan Stutz

É cada vez mais salutar salvaguardar a memória de pessoas que desafiaram as armadilhas de uma sociedade que impõe o medo como forma de paralisar as ações coletivas - Foto: Gibran Mendes

A coragem é um atributo de poucos. Agir corajosamente é nadar contra a correnteza de nossos próprios medos e inquietações. A maioria das pessoas se acovarda com situações banais, temem perseguições, injustiças institucionais, esquecem de pensar no coletivo e vivem enclausuradas por fobias variadas. Etimologicamente, a palavra coragem significa 'agir com o coração'. Mas agir dessa forma em um mundo de lobos, onde o homem é o lobo do próprio homem se torna mais desafiador.

Ter coragem em uma sociedade apática e submissa é sinônimo de subversão. Manter a coragem é um desafio cotidiano que nos faz refletir sobre os significados diversos da existência, permeada por infortúnios e incertezas. Muitas pessoas corajosas tiverem suas vidas ceifadas por um sistema político que aniquila a condição humana: Marighella, Marielle Franco, Martin Luther King, Chico Mendes, Vladimir Herzog, Harvey Milk e Dorothy Stang foram assassinados, executados e torturados porque agiram contra as injustiças sociais e se tornaram símbolos de resistência e de coragem.

O povo brasileiro sempre foi atemorizado por um Estado autoritário e meritocrático

Perderam a vida e deixaram um legado de luta que vai além de nossa mísera compreensão. Lutaram quando poderiam apenas seguir os protocolos de nosso teatro social. Viveram e não apenas sobreviveram às mazelas impostas pelos poderes político e econômico. Agiram quando poderiam apenas cruzar os braços e seguir a vida como se nada tivesse “fora da ordem mundial”. Gritaram quando poderiam se calar. Foram para a guerra em desvantagem, mesmo assim, não perderam a coragem de lutar pelo que é humanamente correto.

Admiro as pessoas destemidas que acreditam que podem mudar a realidade social com ações grandiosas ou imperceptíveis. Vivemos em um mundo líquido, onde o medo é imperativo e fazemos parte do “Congresso Internacional do Medo”, como sinalizou Drummond em seu poema, que desafia o medo com lirismo e ironia, "E sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas".

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O povo brasileiro sempre foi atemorizado por um Estado autoritário e meritocrático. Das Ligas Camponesas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a forma de conter as insatisfações sociais foi introjetar o medo em doses homeopáticas ou com a tortura escrachada, a intimidação descabida e os abusos de poder. O poder constituído é uma estrutura que corrobora com a paralisação da coragem coletiva.

Torna-se cada vez mais necessário honrar homens e mulheres que mantiveram a coragem em tempos difíceis. É cada vez mais salutar salvaguardar a memória dessas pessoas que desafiaram as armadilhas de uma sociedade que impõe o medo como forma de paralisar as ações coletivas. Honrar a história dessas pessoas também é um ato de coragem em tempos de ódios proclamados nas redes sociais.

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Não devemos nos calar. Quem se cala aceita a banalização da barbárie e as injustiças sociais tão estampadas neste início de século, com guerras, negacionismo científico e um turbilhão de indiferenças estruturais. O que nos falta é mobilização social e coragem. O resto é bobagem!

 

Éverlan Stutz é jornalista, poeta e professor.

—

Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

Editado por: Larissa Costa
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