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Braskem: moradores de bairro que afundou em Maceió cobram há 4 anos reparação de mineradora

Comunidades do Flexal estão sem indenização e se mantêm isoladas desde 2018, após bairros vizinhos serem evacuados

22.mar.2022 às 10h55
São Paulo (SP)
Redação

Pequena comerciante, Dona Abilene denuncia rachaduras e falência por isolamento da comunidade - Reprodução / TeleSUR

Com cerca de 2 mil moradores, as comunidades de Flexal de Baixo e Flexal de Cima, na cidade de Maceió (AL), vivem em isolamento social e sob risco de morte após tremores de terra e remoção de bairros inteiros em seus entornos, provocados por atividades mineradoras da empresa Braskem.

Controlada pelo grupo Odebrecht, hoje chamado Novonor, a empresa Braskem explora sal-gema em jazidas encontradas na década de 1960 na área urbana de Alagoas, sob anuência da ditatura militar e, posteriormente, de governos estaduais e municipais, além de órgãos de fiscalização.

Para alcançar o minério, é necessário escavar a uma profundidade de cerca de mil metros. Com a exploração desenfreada de minas muito próximas umas das outras, um colapso provocou tremores de 2,5 pontos na escala Richter em 2018, que já causou a remoção de quatro bairros, afetando cerca de 60 mil famílias e deixando rastros de destruição em diversos outros pontos.

Na época, o desastre foi tratado como “natural”, mas um estudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) constatou a relação com as atividades mineiras, e a exploração foi paralisada em março de 2019.

Leia mais: Quatro bairros de Maceió podem desaparecer por conta da ação de mineradora


Moradores da comunidade vivem cercados por bairros-fantasma e protestam contra a falta de assistência da empresa / Reprodução / TeleSUR

Naquele ano, foi criado o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF), alvo de protestos e criticado até hoje por não levar em consideração a dimensão total dos impactos e que, segundo a própria empresa, até hoje só efetuou a indenização de cerca de 9.500 pessoas.

Muitas famílias deixaram suas casas e nunca foram indenizadas, enquanto outras ainda vivem em casas sob risco de afundamento, como é o caso das comunidades Flexal, que sequer foram incluídas no PCF e, quatro anos depois, vivem em bairros-fantasma, sob insegurança, com falta de serviços públicos, ruas alagadas e em casas com grandes rachaduras em risco de desabamento.


Apesar do impacto constatado, comunidades do Flexal não estão incluídas no programa de compensação / Reprodução / TeleSUR

Nas áreas mais críticas, em 2018, o solo chegou a afundar de 1,5 a 2 metros de profundidade. Desde aquele período, estudos alertam que ele continuaria afundando cerca de 25 centímetros por ano, com a previsão de afundar mais 3 ou 4 metros nas próximas décadas, sob risco de aberturas de crateras e novos desastres a qualquer momento.

Maurício Sarmento, liderança dos atingidos no Flexal, denuncia a indignação dos moradores, abandonados pela empresa e pelos órgãos públicos.

“Não entendemos porque essa parte do Flexal ainda permanece aqui. Ela tem as mesmas patologias das casas [impactadas], são casas com fissuras, rachaduras enormes, ruas alagadas e outros sinais provenientes da mineração”, destaca.

:: Vídeo | A história dos bairros que podem afundar em Maceió por ação de mineradora ::


Casas das comunidades Flexal estão sob risco de afundamento e desabamento / Reprodução / TeleSUR

Em acordo firmado em razão da Ação Civil Pública dos Moradores e Ação Civil Pública Socioambiental, de agosto de 2021, a empresa incluiu 5.500 imóveis na área de impacto, totalizando cerca de 15 mil imóveis, ações de reparação urbanística, estabilização e monitoramento do fenômeno geológico e um novo planejamento dos bairros afetados.

No entanto, as reparações não chegaram à dona de casa Maria Goreti, de 65 anos, que mora com o marido doente e um neto, sofre com rachaduras em diferentes áreas da casa e pontos de afundamentos que podem provocar o desabamento da moradia a qualquer momento.

“Se eu precisar de um socorro, de uma família minha, eu não tenho”, desabafa.


Para os moradores, revitalização não resolve o problema, e sim realocação urgente / Reprodução / TeleSUR

A remoção dos bairros vizinhos provocou o isolamento social dos moradores de Flexal, o que impacta especialmente os pequenos comerciantes, que, além de impactos nas casas, veem o meio de subsistência desaparecer.

“Os moradores sofrem com a negligência da Braskem. A gente quer a realocação do pessoal que quer sair, é isso que nós queremos. A gente não vende mais nada, eu tenho uma loja de decoração”, explica a comerciante Abilene.

A Defesa Civil de Maceió informou que os danos estruturais no Flexal não foram causados pela mineração, mas apontou que a comunidade deveria ter sido incluída no programa para os atingidos.

A empresa Braskem informa que vem realizando monitoramento permanente do solo e que empresas especializadas estão fazendo diagnósticos no entorno das regiões afetadas pela atividade de mineração.

Documentário

Em 2021, o documentarista argentino Carlos Pronzato registrou o drama sofrido pelas famílias no longa-metragem de 80 minutos “A Braskem passou por aqui: a catástrofe de Maceió”, realizado com o apoio de movimentos sociais e de sindicatos de Maceió.

Confira o documentário na íntegra:

*Com informações da Telesur.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: alagoasbraskemmaceiómineraçãoprotesto
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