Rússia e Ucrânia

Rússia critica Otan por envio de armas à Ucrânia: "Interesse em manter hostilidades"

Aliança militar liderada pelos EUA anunciou o envio de equipamento militar adicional à Ucrânia nesta quinta-feira (24)

Rio de Janeiro (RJ) |
Representante diplomática da Rússia criticou os EUA
Representante diplomática da Rússia criticou os EUA - MFA/Rússia

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou a decisão da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de fornecer mais apoio militar às autoridades ucranianas como uma "evidência do interesse da aliança em continuar as hostilidades". 

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou nesta quinta-feira (24) que as posições militares na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia serão reforçadas com 40 mil militares. Ele confirmou o envio de mais equipamento militar da Otan para a Ucrânia, incluindo itens como drones, sistemas de defesa aéreo e antitanque

Em seguida, a porta-voz da do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, se pronunciou afirmando que a decisão da aliança militar de continuar a fornecer "apoio político e prático ao regime de Kiev confirma o interesse da aliança em continuar as hostilidades". "Convocando negociações, o bloco do Atlântico Norte não fez uma única tentativa de inclinar a liderança ucraniana para um acordo pacífico", disse Zakharova. 

A porta-voz também comentou que "os países-membros da organização demonstraram absoluta lealdade a Washington, sua prontidão para seguir de acordo com suas diretrizes para a contenção total da Rússia".

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"Washington pode registrar a última cúpula da Otan em seu cofre geopolítico. Conseguiu disciplinar ainda mais os aliados na questão da 'contenção total' do nosso país e pressionar os países capazes de tomar decisões soberanas e seguir uma política independente. Nesse contexto, as reivindicações dos europeus por algum tipo de 'autonomia estratégica' parece simplesmente cômicas", acrescento a representante da chancelaria russa.

Zakharova ainda destacou que o envio constante de armas dos países membros à Ucrânia "leva não só ao prolongamento das hostilidades, mas também pode causar consequências imprevisíveis".

Edição: Thales Schmidt