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Teatro

‘De Profundis’, de Oscar Wilde, com Elison Couto, estreia no Teatro Bruno Kiefer da CCMQ

Espetáculo que discute o preconceito como forma de agressão às liberdades individuais acontece entre 7 e 10 de abril

04.abr.2022 às 17h21
Porto Alegre
Redação

Montagem tem indumentária e ambientação de Diego Steffani - Foto: Adriana Marchiori

Em curta temporada, De Profundis, obra póstuma de Oscar Wilde estreia nesta quinta-feira (7) e segue até o domingo (10) no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. O espetáculo será às 20h e os ingressos podem ser adquiridos no local, em dias de exibição, ao valor de R$ 60,00.

De Profundis, redigida sob forma de carta, dirigida a Sir Alfred Douglas, escrita na Prisão de Reading, Londres, onde Wilde cumpria pena de prisão, condenado a trabalhos forçados por “indecência grave”, em rumoroso processo movido por John Douglas, o Marquês de Queensberry, pai de Alfred, é um dos mais comoventes documentos já produzidos pela literatura universal.

A obra é trazida à cena na forma de monólogo, sob o título De Profundis, – Epístola: In Carcere et Vinculis, sob a codireção de Dilmar Messias e Gabriel Messias. A atuação é do premiado ator Elison Couto.

Para Dilmar Messias, responsável também pela dramaturgia, o espetáculo De Profundis tem como objetivo discutir o preconceito como uma forma de agressão às liberdades individuais, além de divulgar um dos clássicos da literatura universal. O sofrimento imposto ao escritor Oscar Wilde em função de sua relação com o Lorde Alfred Douglas revela o lado cruel e nefasto da era vitoriana, observa Messias.

"Neste momento em que as forças reacionárias vociferam seus preconceitos, atingindo as liberdades individuais, lançamos mão da história para mostrar que não podemos ver repetidas as crueldades perpetradas a cidadãos como Oscar Wilde, Federico Garcia Lorca, Matthew Shepard, entre outros tantos anônimos e notáveis, em nome de uma moral conservadora, arbitrária e violenta", declara o diretor.

A trajetória teatral com mais de 50 anos de atividades ininterruptas e muitos prêmios do diretor teatral Dilmar Messias, atual diretor do Theatro São Pedro de Porto Alegre, é marcada por uma intensa e diversificada produção, em que os seus próprios textos e os de autores nacionais e internacionais compõem um rico panorama. Nem esta impiedosa pandemia fez com que ela fosse interrompida. Atendendo um pedido do ator Elison Couto e para que fosse viabilizado o projeto, Dilmar escolheu o texto de Oscar Wilde, De Profundis – Epístola: In Carcere et Vinculis, para ser interpretado como monólogo. 

"Vivemos uma época em que cresce no Brasil e no mundo a onda de conservadorismo, a homofobia e a violência; a partir da crueldade perpetrada contra Oscar Wilde, um dos gênios da literatura, queremos chamar a atenção de todos quantos sabem da importância do respeito aos direitos fundamentais do homem", argumenta Dilmar Messias.  

Para o cineasta Gabriel Messias, que estreia na direção teatral nessa montagem, a experiência de codirigir o espetáculo com Dilmar Messias é única. "Foi um privilégio dividir a direção com meu pai e conhecer ele em um contexto diferente do habitual", ressalta. "Conseguimos, no decorrer do processo, acomodar as nossas diferentes visões e convencer um ao outro do que cada um queria. Ele confiou no meu trabalho e me deu espaço para buscar um resultado ideal junto ao Elison, um amigo dedicado e talentoso, com quem compartilhei essa obsessão", completa.

Gabriel Messias morou em Los Angeles por cinco anos, onde concluiu um certificado em produção cinematográfica na UCLA. Por lá, também fez curso de Estudo de Cena para Teatro na Berg Studios, com Gregory Berg, professor de teatro na Universidade de Yale. Em Nova Iorque, fez residência artística no The Watermill Center, um laboratório para as artes, fundado por Robert Wilson. De volta ao Brasil, fez treinamento técnico para o ator no Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp, o Lume Teatro. De Profundis é a sua primeira experiência como diretor de teatro.

Abraços

Encenando, pela primeira vez, um texto de Wilde, Elison Couto não esconde seu entusiasmo. "Quando o Messias (pai) me mandou o primeiro tratamento do texto, sabia que tinha algo poderoso nas mãos. O teatro sempre foi generoso comigo e nunca me decepcionou. Respirei fundo e me joguei”, revela.

“Começamos os ensaios em março de 2020. Pandemia, doenças, medo, a cidade semimorta, o isolamento. Nossos primeiros encontros foram intermináveis áudios e vídeos que trocávamos diariamente. Depois nos arriscamos em alguns presenciais, ele de máscara, longe, e eu me atirando como podia", comenta o ator. "Mais tarde, veio o outro Messias (o filho) e tinha dias que eu chorava na cena, olhava para eles e eles também estavam chorando. As palavras de Wilde cortavam a nossa alma, mas nos mantinham vivos. Abraçamos o trabalho sem podermos trocar um abraço entre nós."

Para Couto, a composição de um personagem sempre é um mosaico que o ator vai juntando quase aleatoriamente. "O grande dramaturgo e genial artista eu já conhecia a obra, mas ele perdeu tudo, foi parar na solitária, fazendo trabalhos degradantes e morreu na miséria, quase um mendigo. Isso em menos de três anos. E eu tinha que contar essa história verídica em 50 minutos, precisava mexer nos meus fantasmas. Com as orientações precisas do Dilmar e as convicções do Gabriel, fui avançando", conta.

Sobre Oscar Wilde

De todos os dândis que encantavam a sofisticada sociedade londrina do final do século XIX, o mais brilhante e luminoso era sem dúvida Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin, 1854 – Paris, 1900). Célebre, respeitado, Wilde vivia o ano de 1895 como o grande autor de Retrato de Dorian Gray (1891) e de três peças que faziam sucesso no momento: O leque de Lady Windermere, Um marido ideal e A importância de ser prudente.

Neste mesmo ano, acusado de crimes de natureza sexual, foi processado pela família de Lord Alfred Douglas, um jovem aristocrata com quem compartilhava um excêntrico estilo de vida. Condenado, sua vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu-se encarcerado por dois anos com trabalhos forçados que consumiram sua saúde e fulminaram sua reputação. Cumprida a pena, decidiu exilar-se em Paris em 1898 onde morreu a 30 de novembro de 1900. 


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Editado por: Marcelo Ferreira
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