Prisão

Judiciário britânico autorizará extradição de Assange para os EUA no dia 20, diz WikiLeaks

Jornalista australiano poderá ser condenado à prisão perpétua nos EUA; defesa terá até 18 de maio para recorrer

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Manifestante defende a liberdade de Assange - Daniel Leal-Olivas/ AFP

No dia 20 de abril, o Tribunal de Magistrados de Westminster decidirá pela extradição de Julian Assange para os Estados Unidos. A decisão sobre o envio de Assange passará, então, para a Ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, afirma o WikiLeaks.

A defesa do jornalista terá, então, até o dia 18 de maio para apresentar sua defesa para a ministra britânica.

Nos Estados Unidos, o fundador do WikiLeaks responde a mais de uma dúzia de acusações e pode ser condenado a até 175 anos atrás das grades. A defesa de Assange luta contra um pedido de extradição apresentado pela Casa Branca durante o governo do então presidente republicano Donald Trump — e mantido pelo democrata Joe Biden.

O WikiLeaks publicou documentos e vídeos sobre a atuação dos militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.

:: CIA planejou sequestrar e assassinar Julian Assange, diz site ::

Assange está há três anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, após passar cerca de sete anos confinado na Embaixada do Equador no Reino Unido.

Casamento atrás das grades

Stella Morris e Julian Assange se casaram no dia 23 de março. O casal tem dois filhos juntos e o WikiLeaks afirmou que foram necessários "longos meses" de negociação com as autoridades para que recebessem a autorização para realizar a cerimônia.

De acordo com o Wikileaks, na ocasião apenas quatro convidados e duas testemunhas puderam participar da cerimônia, além de dois seguranças. Os convidados tiveram que sair imediatamente após o evento, mesmo sendo realizado no horário normal de visitação. 

Edição: Arturo Hartmann