FORMATURA

Moradoras de favela de Belo Horizonte (MG) abrem padaria popular em ocupação urbana

Mulheres fizeram curso panificação e receberam diplomas na quarta-feira (13)

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
A iniciativa teve o objetivo de ampliar as possibilidades de renda para as moradoras da periferia - Foto: MTD

Mulheres da Pedreira Prado Lopes, uma das favelas mais antigas de Belo Horizonte, concluíram um ciclo de formação esta semana e receberam diplomas de padeiras. A partir da próxima terça-feira (19), os pães distribuídos na Ocupação Pátria Livre, localizado na Pedreira, já serão fruto do trabalho das padeiras populares. 

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Agora, as mulheres irão consolidar uma padaria popular na ocupação, com preços acessíveis para os moradores da comunidade. A padaria será gerida pelas formandas e vai funcionar diariamente. 

“Como eu estou desempregada, o curso vai me ajudou muito. Não tinha como fazer um curso desse pagando. Então, pra mim  foi uma oportunidade. Aprendemos a fazer pães de sal e doce, biscoitos, bolo. Quero aprender mais ainda para ajudar a comunidade", explicou Cíntia de Fátima Mendes, uma das 13 formandas. 

O curso

Idealizado pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), o curso aconteceu e contou com oito encontros teóricos e práticos. Com o apoio do mandato da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), a iniciativa teve o objetivo de ampliar as possibilidades de renda para as moradoras da periferia.  

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Em 2022, os índices de desemprego no Brasil alcançaram a surpreendente marca de 11,1%. Dentre a massa de trabalhadores desempregados ou em empregos informais, as mulheres são a maioria. 

O mais recente levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou que, até o final de 2021, entre os 12 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados, 6,5 milhões são mulheres. 

Café solidário

Desde o início da pandemia da covid-19, o MTD constrói na Pedreira Prado Lopes o “Café solidário”. A iniciativa distribui gratuitamente, todas as terça-feiras, um café da manhã para as pessoas da comunidade em maior situação de vulnerabilidade. 
 

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Larissa Costa