Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

CARNAVAL CARIOCA

Conheça os enredos das escolas de samba do Rio que desfilam sexta e sábado na Sapucaí

Doze agremiações disputam o título do Grupo Especial e a vencedora de 2022 será conhecida na terça-feira

21.abr.2022 às 11h48
Rio de Janeiro (RJ)
Eduardo Miranda
riodejaneiro

Desfile da Viradouro, campeã do Carnaval de 2020 e atual detentora do título do Grupo Especial do Rio de Janeiro - Raphael David/Riotur

As 12 escolas de samba do Rio de Janeiro que integram o grupo especial desfilarão na Marquês de Sapucaí, no centro da capital, na próxima sexta-feira (22) e no sábado (23), para alegrar as arquibancadas do sambódromo e os espectadores em casa, além de disputarem o título de melhor carnaval de 2022, depois do adiamento da festa por conta da variante ômicron da covid-19.

Leia mais: No Rio, blocos de rua lançam manifesto e organizam desfiles apesar da restrição

A partir das 22h de sexta, desfilam, nesta ordem, Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-Flor. Já no sábado, a partir do mesmo horário e indo até de manhã, passam pela Sapucaí as seguintes agremiações: Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.

O Brasil de Fato preparou um resumo de cada enredo que será levado à Sapucaí nos dois dias de carnaval. A escola vencedora será conhecida na terça-feira (26) e sucederá a niteroiense Unidos do Viradouro, detentora do título do carnaval de 2020, já que em 2021 não houve desfiles do grupo especial em decorrência da pandemia.

Imperatriz Leopoldinense

Carnavalesca: Rosa Magalhães

Fundada em 1959, a Verde, Branco e Ouro de Ramos, na zona norte do Rio, abre a primeira noite do grupo especial com o enredo "Meninos, eu vivi… onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine", uma homenagem ao carnavalesco Arlindo Rodrigues, que trabalhou com o também carnavalesco Fernando Pamplona no Theatro Municipal.

Arlindo passou pelo Salgueiro, pela Mocidade e, por fim, fez seus desfiles na Imperatriz. Influenciado pelo romantismo nacionalista, levou à Sapucaí temas como o descobrimento do Brasil, a poesia e a música de Gonçalves Dias e Villa-Lobos, a negritude na louvação à Bahia e o carnaval de Lamartine Babo, a quem conheceu pessoalmente.

Confira o samba da Imperatriz

Mangueira

Carnavalesco: Leandro Vieira

Segunda mais antiga escola em atividade, fundada em 1928, a Verde e Rosa da Mangueira, na zona norte, vem com o enredo "Angenor, José & Laurindo" e homenageia simplesmente um dos inventores de toda a sua poesia e do imaginário popular da escola, o pedreiro batizado de Angenor, mas que entrou para a eternidade com o nome Cartola, o príncipe do princípio.

É a voz de outro preto, diz o enredo, que dá sonoridade à poesia de Cartola. José gritou alto vendendo jornais até se tornar Jamelão, a voz eterna da escola, "voz que guarda o visgo saboroso de um jamelão colhido fresco", diz Leandro Vieira. O terceiro rei da Coroa é Laurindo, conhecido como Delegado, mestre-sala que deu à agremiação décadas de excelência e notas máximas, o mais famoso bailarino da escola e aquele que riscava o chão com o seu samba no pé.

Confira o samba da Mangueira

Salgueiro

Carnavalesco: Alex de Souza

Fundada em 1953, a Vermelho e Branca do Andaraí, na zona norte do Rio, faz uma viagem no tempo e nos espaços da cidade que se constituíram como pontos de resistência da cultura negra. A começar pelo próprio Morro do Salgueiro, a escola passeia pela Praça Onze, o berço do samba, e bairros como a Saúde, Gamboa e Santo Cristo, que integraram a chamada Pequena África.

"No Rio batuqueiro / Macumba o ano inteiro / Não nego meu valor, axé / Gingado de malandro / Kizomba e capoeira / Caxambu e jongo, fé na rezadeira / Tempero de Iaiá, não tenho mais, sinhô / E nunca mais, sinhá / Sambo pra resistir / Semba meus ancestrais / Samba pelos carnavais", vai cantar a Acadêmicos do Salgueiro na Avenida. 

Confira o samba do Salgueiro

São Clemente

Carnavalesco: Tiago Martins

A Amarelo e Preta de Botafogo, na zona sul do Rio, foi fundada em 1961 e faz uma homenagem ao humorista Paulo Gustavo, que morreu em maio de 2021, aos 42 anos, por complicações da covid-19. O enredo "Minha vida é uma peça" brinca com o espetáculo "Minha mãe é uma peça", grande sucesso nos palcos de teatros do Brasil e franquia que teve uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro, e conta a vida do humorista da infância ao estrelato.

O samba imagina a chegada de Paulo Gustavo ao céu, seu encontro com Dercy Gonçalves e Grande Otelo e fala da "mãe de todo brasileiro": "Dona hermínia mandou avisar que pode / Brincar na Avenida e dizer no pé / Mulher com mulher, tudo bem / Homem com homem, também / O negócio é amar alguém", canta o samba.

Confira o samba da São Clemente

Unidos do Viradouro

Carnavalescos: Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon

Atual campeã, a Vermelho e Branco de Niterói, fundada em 1946, vai ousar na Avenida traçando paralelos entre o carnaval de 2022 pós-covid e o de 1919, que ficou conhecido nos livros de História e pela imprensa da época como "o maior carnaval da história", tudo porque veio como a "desforra da peste", em referência à vingança contra a gripe espanhola, maior pandemia do século XX e que assolou o Rio de Janeiro em 1918.

"Não há tristeza que possa suportar tanta alegria", diz o enredo que a Viradouro cantará na Sapucaí a partir de samba no pé, alegria, fantasias e os versos, que são uma carta de amor escrita à folia: "Tirei a máscara no clima envolvente / encostei os lábios suavemente / e te beijei na alegria sem fim / Carnaval, te amo, na vida és tudo pra mim / Assinado: um pierrot apaixonado / que além do infinito o amor se renove / Rio de janeiro, 5 de março de 1919".

Confira o samba da Viradouro

Beija-Flor

Carnavalesco: Alexandre Louzada

Os integrantes da Azul e Branco de Nilópolis, fundada em 1948, entram na Sapucaí com o enredo "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor", sobre a contribuição intelectual negra para construção de um Brasil mais africano. "Nossa civilização conhece e respeita os pensamentos esculpidos em mármore greco-romano. Mas por que não talhar os saberes em ébano?", questiona a escola de samba da Baixada.

A Beija-Flor afirma a necessidade de uma "afrosofia" e conta, no enredo, que falamos e escrevemos em bom "pretuguês" para o mundo inteiro ouvir, evoca o Teatro Experimental Negro e todo o pensamento e reflexão que veio de povos africanos para o nosso país: "A nobreza da corte é de Ébano / Tem o mesmo sangue que o seu / Ergue o punho, exige igualdade / Traz de volta o que a história escondeu", canta o samba.

Confira o samba da Beija-Flor

Paraíso do Tuiuti

Carnavalesco: Paulo Barros

A Amarelo ouro e azul pavão de São Cristóvão, bairro da zona norte do Rio, foi fundada em 1952 e abre os desfiles do segundo dia na Marquês de Sapucaí. A escola conseguiu sua melhor classificação no grupo especial em 2018, sendo a vice-campeã, e em 2022 apresenta o enredo "Ka Ríba Tí Ÿe – Que Nossos Caminhos se Abram".

A escola vai celebrar os ensinamentos dos orixás e daqueles que povoaram o mundo, trazendo em suas almas a diáspora africana. A Tuiuti canta o passa para enaltecer o presente da cultura negra. É o que ensina o provérbio iorubá incluído por Paulo Barros no enredo da agremiação: "Somente nos tornamos verdadeiramente quem somos ao lançar nossos olhares sobre os ombros daqueles que chegaram antes de nós. Lembrar daqueles que vieram antes de nós é uma obrigação sagrada".

Confira o samba da Paraíso do Tuiuti

Portela

Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage

Escola mais antiga do Rio no grupo especial, fundada em 1923, A Azul e Branco conta a história do Baobá, árvore sagrada testemunha do tempo. Com o enredo "Igi Osè Baobá", a agremiação de Madureira lembrará que a árvore de origem africana à sabedoria, resistência e ancestralidade e que ela poderia ser um portal misterioso para o mundo do divino.

A continuidade do baobá, conta a Portela, está hoje nos quilombos, favelas ou periferias, onde os rebentos brotaram como galhos distintos que se estenderam por toda América, expressando a identidade preservada da terra de seus ancestrais, a África. Maracatu, maculelê, tambor de crioula, caxambu, jongo, funk e tantas outras manifestações afro-brasileiras, assim como o Samba são lembrados pela escola.

Confira o samba da Portela

Mocidade Independente

Carnavalesco: Fábio Ricardo

Fundada em 1955, a Verde e Branco de Padre Miguel, na zona oeste do Rio, rende homenagem a Oxóssi, orixá que tem sob seu domínio o arco e a fecha, com o enredo "Batuque ao Caçador". O refrão canta: "Oxóssi é caçador de uma flecha só / Herdeiro de Iemanjá, irmão de Ogum Aquele que na cobra dá um nó / Aquele apaixonado por Oxum".

Com isso, a Mocidade remete às divindades religiosas, mas lembra também divindades terrenas que construíram a agremiação. Grandes nomes da "Bateria Nota 10", como a escola ficou conhecida, são lembrados: Mestre André, Mestre Coé, Mestre Quirino, Mestre Jorjão e baluartes como o criador do surdo de terceira Tião Miquimba são citados na letra do samba da escola.

Confira o samba da Mocidade

Unidos da Tijuca

Carnavalesco: Jack Vasconcelos

A Azul pavão e amarelo ouro, primeira escola de samba da região da Tijuca, fundada em 1931 a partir da união de blocos da área e que completou 90 anos em 2021, leva à Marquês de Sapucaí a lenda do surgimento do guaraná com o enredo "Waranã – A Reexistência Vermelha".

A Unidos da Tijuca toma como base os contos presentes no “Sehaypóri, o livro sagrado do povo Saterê-Mawé”, do escritor da etnia Sateré-Mawé, Yaguarê Yamã, para representar a mitologia da planta, que teria nascido por conta da desobediência de um curumim, além de dar luz a resistência e reexistência de um nossos povos originários, que ainda habitam a região amazônica brasileira.

Confira o samba da Unidos da Tijuca

Acadêmicos do Grande Rio

Carnavalescos: Leonardo Bora e Gabriel Haddad

Mais uma representante da Baixada no grupo especial e relativamente jovem se comparada a outras agremiações, tendo sido fundada em 1988, a Vermelho, Verde e Branco de Duque de Caxias faz seu carnaval com o enredo "Fala, Majeté! As sete chaves de Exu" para desmistificar a imagem ruim de um dos orixás mais importantes das religiões de matrizes africanas e mostrar que ele representa livramento e prosperidade.

"Exu, potência e gingado, ponto riscado na carne, palco das festas da gente. Brinca o Carnaval em transe, desafia, des(con)fia, desconcerta, bate a bola no asfalto, pisa no sapatinho, samba despudorado, dança inflado de vida, palhaço, e trança a crina do cavalo. (…) Exu de tinta e de sangue: é dose, tudo come, tudo sabe, tudo viu. De curto pavio! Lamento de poetinhas – porque tudo é perigoso, divino-maravilhoso", contam os carnavalescos na apresentação do enredo.

Confira o samba da Grande Rio

Vila Isabel

Carnavalesco: Edson Pereira

E fechando os desfiles de 2022 do grupo especial, a Azul e Branco de Vila Isabel, na zona norte do Rio, fundada em 1946, homenageia uma de suas maiores figuras, o sambista, cantor e escritor Martinho da Vila, no enredo "Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho". Autor de diversos sambas para a escola, a história de Martinho se confunde com a história da Vila e vem desde a década de 1960. 

Na Sapucaí, o samba da Vila Isabel vai pegar carona nos sucessos e no talento de décadas do artista, fazendo alusão e rememorando alguns de seus versos: "Partideiro, partideiro, ó / Nossa Vila Isabel brilha mais do que o sol / Canta, negro rei, deixa a tristeza pra lá / Canta forte, minha Vila, a vida vai melhorar!", diz o samba, que chama o mestre de "senhor da sapiência, escritor da consciência / E a cadência de andar, de viver e sambar".

Confira o samba da Vila Isabel

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: carnavalculturahistóriariodejaneirosapucaí
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Mobilização

Moradores de Jardim Pantanal e outros bairros protestam em SP contra remoção de 4 mil famílias

Em solo francês

Lula diz que Brasil aumentará área marítima protegida

SOLIDARIEDADE

Ato em Brasília exige libertação de ativistas da Flotilha da Liberdade sequestrados por Israel

12h

Enfermeiros do DF paralisam atividades por 12 horas em protesto por melhores condições de trabalho

opinião

Por que a parceria do Rio com a China é estratégica para o futuro do estado?

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.