Esta semana foi aprovada a Lei que garante a presença da doula e de acompanhante em instituições públicas e privadas durante o parto, simbolizando uma vitória para os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres paranaenses.
O avanço institucional na legislação vem mostrando a importância da atuação da doula como instrumento preventivo à Violência Obstétrica, visto que só na Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, 23% das denúncias recebidas envolvem esse tipo de ocorrência.
A atuação da doula reduz os índices de cesárea – lembrando que o Paraná está ocupando o 3° lugar no ranking de cesáreas no Brasil -, reduzindo a duração e a dor do trabalho de parto, promovendo uma experiência de parto e nascimento mais satisfatória, compreendendo-as enquanto um ato político em uma sociedade altamente conservadora.
Ainda há muito para avançar, mas comemoramos o avanço institucional da assistência ao nascer das novas vidas, considerando que todos os desafios que a mulher passa neste momento são benéficos para ela sair desse processo mais fortalecida para cuidar do bebê.
Para mudar o mundo precisamos mudar a forma de nascer.
*Marina Keil é mãe, doula, fisioterapeuta obstetra e militante do Levante Popular da Juventude.
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.