REFORMA AGRÁRIA

Festival Estadual de Arte e Cultura do MST em BH defende comida na mesa e agroecologia

Além das apresentações artísticas, cerca 60 toneladas de alimentos e produtos sem veneno irão compor a feira

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
A programação cultural conta com apresentações artísticas e comercialização de produtos fabricados pelas mulheres, como artesanatos, roupas e instrumentos musicais - Foto: Mídia Ninja

Entre os dias 29 de abril e 1º de maio, acontece em Belo Horizonte o Festival Estadual de Arte e Cultura e Feira da Reforma Agrária e Agricultura Familiar do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento, que será na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte, possui como tema central “Reforma Agrária Popular: cultivando terra, trabalho e democracia” e conta com diversas atividades culturais e artísticas.

Aproximadamente, são 60 toneladas de alimentos e produtos da reforma agrária e da agricultura familiar para compor a feira ao longo de três dias. A ideia do movimento é trazer o acesso para moradores da capital de produtos agroecológicos e debater sobre segurança e soberania alimentar.

“A segurança e a soberania alimentar se complementam. Não dá só para assegurar que as pessoas tenham alimento, mas esse alimento deve ser de qualidade. A comida deve ser produzida de uma forma sustentável, que cuida também dos bens ecológicos. A gente pretende apresentar justamente isso”, explica Maíra Pereira, do setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente do MST de Minas Gerais.

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Durante a feira, a “Cozinha da Roça, oferece uma diversidade de produtos e pratos que possibilitam ao público experiências culinárias diversificadas. Tudo feito com produtos agroecológicos e sustentáveis.

“Temos arroz, feijão, hortaliças, carnes, mandioca, mel, alho. Isso também faz parte do nosso projeto de soberania alimentar. Para nós, é importantíssimo trazer esses alimentos produzidos por nós, camponeses, sem-terra, porque assim a gente mostra a importância da agricultura familiar e da reforma agrária”, aponta Maíra.

Diversão e arte

A programação cultural conta com apresentações artísticas e comercialização de produtos fabricados pelas mulheres, como artesanatos, roupas e instrumentos musicais. “É muito importante a autonomia econômica para as mulheres, a partir da comercialização que é feita por elas próprias. Isso visibiliza o trabalho delas”, aponta Maíra.

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Entre os artistas confirmados, estão Pereira da Viola, Titane, Sérgio Pererê, Guê Oliveira e Maurício Tizumba. O tradicional Samba da Nossa Terra, que é programação fixa do Armazém do Campo, troca de endereço e traz alegria à Praça da Assembleia. Roda de viola, ensaio aberto do bloco Pisa Ligeiro e atração surpresa que integra o campo e a cidade são algumas das atividades previstas durante a feira.

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Larissa Costa