APÓS DOIS ANOS

Cuba retoma celebrações do 1º de Maio com homenagens aos trabalhadores da saúde

Principais cidades do país tiveram atos com apelo à paz e por solidariedade entre os povos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Multidão volta às ruas de Havana no 1º de maio - Divulgação

Cuba retomou neste domingo (1º) as manifestações do Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, após dois anos de hiato provocado pela pandemia de covid-19, hoje sob controle no país. 

Desde o início da manhã, milhares marcharam nas principais cidades cubanas. As homenagens foram voltadas aos trabalhadores da saúde que atuaram na linha de frente contra o coronavírus. 

Na capital, Havana, a multidão se concentrou desde as primeiras horas do dia na Praça da Revolução. Estiveram presentes o líder revolucionário Raúl Castro e o Presidente da República, Miguel Díaz-Canel.

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Também marcaram presença médicos e cientistas cubanos que ajudaram a desenvolver as vacinas contra o coronavírus. Cuba é o único país latino-americano a desenvolver os próprios imunizantes. 

Os atos tiveram tom de apelo à paz e à solidariedade entre os povos. Com palavras de ordem e cartazes, o protesto foi contrário ao que manifestantes consideram medidas coercitivas dos Estados Unidos contra Havana.

Homenagem a ex-chanceler cubano 

Pelo twitter, Díaz-Canel homenageou o político Ricardo Alarcón de Quesada, morto no sábado (31) por causas não divulgadas. Ex-chanceler de Cuba na década de 90, Alarcón foi um militante estudantil contra a ditadura de Fulgencio Batista, que antecedeu o governo popular. 

"Um grande patriota e brilhante diplomata da revolução cubana, cuja obra defendeu com paixão e argumentos sólidos, deixando nosso povo orgulhoso. Toda Cuba sente sua partida", postou o presidente.

Edição: Felipe Mendes