Reforma agrária

MST denuncia ameaças e incêndios em área próxima a ocupação no Distrito Federal

Ação violenta aconteceu depois de uma reunião com representantes do GDF, MST, mandatos parlamentares e produtores rurais

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Tratores e fogo em área ao lado da Ocupação Ana Primavesi - Reprodução

No início da noite desta terça-feira (3) fazendeiros, que bloqueiam a área de acesso à Ocupação Ana Primavesi, atearam fogo nas redondezas e ameaçaram as famílias sem-terra, que estão na área pública desde o dia 30 de abril.

Em nota, o MST DF disse que a Polícia Militar, que está no local, nada fez para reprimir a ação dos fazendeiros. “Mesmo com o MST buscando uma negociação junto ao governo para resolver a questão, os fazendeiros seguem com os ataques”, aponta trecho da nota.

Em vídeo divulgado nas redes sociais é possível ver o fogo nas proximidades da ocupação, localizada no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina (DF), uma região de intensa especulação fundiária.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A violência aconteceu logo após uma reunião realizada na tarde desta terça (3) na Secretaria de Agricultura do Distrito Federal com a presença de representantes da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), Secretaria de Estado de Relações Institucionais e Sociais do Distrito Federal, produtores rurais, Defensoria Pública, MST e os mandatos da deputada distrital Arlete Sampaio e Érika Kokay.

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De acordo com o Gabriel Magno, que representou o mandato da deputada distrital Arlete Sampaio (PT) na mesa de negociação, um dos encaminhamentos foi a garantia de entrega de alimentos e água às famílias que estão na ocupação. “Também ficou encaminhado que a Terracap vai destinar outra área para que as famílias possam acampar com segurança”, destacou.

Mesmo com a tentativa de intimidação dos fazendeiros, o MST DF, informou que as famílias só sairão da Ocupação quando a Terracap apresentar uma outra área com finalidade de reforma agrária.

Desde o último sábado (30), fazendeiros da região bloqueiam a estrada que dá acesso à ocupação, impedindo a entrada de água e alimentos.

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"Queremos o direito de ir e vir garantido pela Constituição e também queremos que o Governo do Distrito Federal aponte uma área para assentar essas 300 famílias que estão lutando pelo seu direito à terra", enfatiza o dirigente estadual do MST, Marcio Heleno, que está na Ocupação.

Ocupação

A Ocupação Ana Primavesi faz parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, que este ano traz o lema com o lema “Reforma Agrária Popular: por terra, teto e pão”.

O objetivo da ocupação, segundo o MST, é denunciar a crescente prática de especulação imobiliária por parte de grileiros no território e exigir a retomada da criação de novos assentamentos de Reforma Agrária no DF.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino