SECA

Após agricultores ocuparem Secretaria da Fazenda, governo do RS promete auxílio para maio

Secretários da Fazenda e da Casa Civil garantem a movimentos sociais a liberação do auxílio emergencial ainda em maio

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |

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Dia de luta na capital gaúcha: 700 camponeses e agricultores familiares ocuparam a Secretaria da Fazenda no RS - Foto: Maiara Rauber

Nesta quarta-feira (4), aproximadamente 700 agricultores e camponeses foram a Porto Alegre e ocuparam as dependências da Secretaria da Fazenda. O intuito da ação foi reivindicar auxílio aos trabalhadores do campo que foram afetados pela seca no final de 2021 e início de 2022 no Rio Grande do Sul, que ainda seguem gerando danos.

Os agricultores e camponeses saíram de uma reunião com o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, com a promessa de receberem auxílio já a partir deste mês de março.

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Governo promete auxílio emergencial ainda em maio

Após dar seu relato e ouvir os movimentos do campo, o secretário da Fazenda entrou em contato com o Artur Lemos, Secretário da Casa Civil. Lemos confirmou a liberação do auxílio emergencial ainda no mês de maio. 

Ao ser questionado sobre a demora e a falta de comprometimento por parte do governo estadual, Lemos justificou. “Não posso passar as informações específicas do auxílio, estamos finalizando os detalhes. Não temos o dado certo de famílias que serão beneficiadas, nem o valor total do recurso”, pontuou o secretário da Casa Civil.

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No entanto, Lemos deixou marcado com o conjunto dos representantes dos movimentos sociais do campo uma reunião com data limite a ser marcada até o dia 19 de maio. De acordo com ele, não existe a possibilidade da conversa ocorrer após essa data. O intuito dessa reunião será informar os detalhes do auxílio emergencial, ou seja, quantidade de famílias beneficiadas e valor do mesmo. 

Em assembleia os camponeses definiram o retorno à capital se não a promessa feita por Lemos não for cumprida.

Reunião


Secretário Marco Aurélio Cardoso recebeu movimentos do campo / Foto: Maiara Rauber

Estavam presentes no ato o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS). 

“A luta das nossas famílias é a busca de ajuda para as problemáticas enfrentadas no campo após três anos consecutivos de seca aqui no estado. Nós também sabemos que isso está se estendendo para a sociedade em geral, como a falta de alimento na mesa do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras”, relata Ildo Pereira, da direção estadual do MST RS. 

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira