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Crianças desvendam fórmula de refrigerante e debatem riscos do excesso de açúcar no Radinho BdF

Cada latinha contém 7,5 colheres de sopa de açúcar, além de aditivos químicos, como sódio gorduras

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que as bebidas açucaradas contribuem para o sobrepeso e obesidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que as bebidas açucaradas contribuem para o sobrepeso e obesidade - Pexels
Idec e ACT lançam campanha para alertar crianças e adultos sobre malefícios do açúcar

Diversos sabores, embalagens coloridas, rótulos com personagens queridos da criançada e propagandas com linguagem jovem e descontraída. É assim que os refrigerantes e outras bebidas açucaradas chegam para crianças e adultos nos quatro cantos do nosso país, inclusive nas escolas.

Apesar de toda variedade, essas bebidas têm pelo menos um ingrediente comum, presente em grande quantidade: o açúcar. Cada latinha tem aproximadamente 7,5 colheres de sopa de açúcar, muito mais do que o utilizado em bebidas caseiras. Além disso elas contém outros aditivos químicos, como sódio gorduras que fazem mal para a saúde.

A partir desse contexto, o Radinho BdF recebeu do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) a importante missão de, junto com as crianças, olhar mais de perto para as bebidas e descobrir porque elas ainda são tão consumidas se podem fazer mal a saúde.

Bebidas açucaradas

O açúcar pode ser chamado de diferentes nomes, como aspartame, xilitol, demerara, mascavo, sacarose, frutose e maltodextrina. Por isso é necessário ficar atentos se bebidas industrializadas são adoçadas com esses ingredientes menos conhecidos.

Além dos refrigerantes, no grupo de bebidas açucaradas estão os sucos de caixinha, os néctares, os isotônicos, as bebidas lácteas e os energéticos. Um dos problemas de consumir esse tipo de produto é que eles foram completamente produzidos nas indústrias, com poucos ou nenhum ingrediente natural.

Consumir alimentos in natura é uma das orientações mais importantes do Guia Alimentar da População Brasileira um livro cheio de informações valiosas de como comer e beber melhor com alimentos regionais e da época.

Ainda assim, 97% das crianças e adolescentes entre 10 e 12 anos bebem refrigerante no Brasil com frequência, segundo a pesquisa do Estudo Geral dos Meios. Até bebês tomam as bebidas açucaradas na mamadeira: ao todo três em cada dez crianças de 6 meses a 2 anos consumiram refrigerantes, em 2019, segundo o Estudo Nacional de Nutrição e Alimentação Infantil.


Água é a bebida mais recomendada para crianças e adultos pelo Guia Alimentar da População Brasileira / Ministério da Saúde

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Quem consome bebidas açucaradas quatro vezes por semana tem mais chance de ter excesso de peso na infância, segundo um estudo publicado recentemente na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.

Porém, além da obesidade, outras doenças estão associadas ao consumo excessivo de açúcar. Uma das mais recorrentes no Brasil é a diabetes, que causa severos comprometimentos nos pacientes.

Como esse tipo de bebida contém também sódio, gorduras e aditivos químicos, elas podem causar até alguns tipos de câncer.

Campanha

Para informar crianças e adultos sobre os riscos do consumo de refrigerantes e outras bebidas açucaradas, as organizações Idec e ACT Promoção de Saúde lançaram a campanha “Não Engula Essa”. A ideia é usar as redes sociais, os veículos de comunicação e até os podcasts para esclarecer dúvidas e levar boas informações para as pessoas.

A campanha possuí um site especial para divulgar informações nutricionais sobre bebidas açucaradas. Nele há um campo para crianças e adultos apoiarem a causa, deixando seu nome.

Experiência

Para entender na prática a quantidade de açúcar presente nos refrigerantes, a nutricionista Bruna Hassan, da ACT Promoção de Saúde ensina uma experiência um tanto açucarada para crianças e adultos farem juntos.

O passo a passo está disponível aqui. A experiência foi feita em um projeto chamado Tenda da Saúde, realizado pela ACT.

E além de experiências e brincadeiras, a criançada conhece a história Açúcar e Sal, um conto popular da América Latina adaptado para o português por Ivan Pietro e narrada no Radinho BdF pelo arte educador Victor Cantagesso.


Toda quarta-feira, uma nova edição do programa estará disponível nas plataformas digitais. / Brasil de Fato / Campanha Radinho BdF

Sintonize

O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 9h às 9h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.

Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o Radinho BdF de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Edição: Sarah Fernandes