Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Política

Decisão na ALRS

Adesão do RS ao Regime de Recuperação Fiscal é duramente criticada por entidades

Congelamento de investimentos, falta de recursos e fim da autonomia do RS foram alguns dos pontos abordados em coletiva

10.maio.2022 às 09h12
Porto Alegre
Pedro Neves

Coletiva de imprensa debateu argumentos contrários à aprovação do PLC 48/2022, que propõe a adesão do RS ao Regime de Recuperação Fiscal - Reprodução

Entidades representativas dos trabalhadores do serviço público reforçaram as críticas à adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (9), na sede do CPERS – Sindicato em Porto Alegre. A proposta do RRF está inclusa no Projeto de Lei Complementar 48 (PLC 48/2022), enviado pelo governo estadual à Assembleia Legislativa do RS, prevendo a suspensão temporária e parcelamento do pagamento da dívida do estado com a União.

Grande parte das críticas ao projeto refere-se à inexistência de desconto nos juros cobrados ou correção monetária. Além disso, se aprovado o PLC, o RS adotará um Plano de Recuperação Fiscal – um teto de gastos. Com isso, serão reduzidas as despesas públicas e, consequentemente, o gasto do governo com os serviços à população e investimentos pelos próximos dez anos.

O PLC 48/2022 está previsto para entrar na pauta de votação da Assembleia Legislativa gaúcha na sessão desta terça-feira (10). Dessa forma, diversas entidades e sindicatos convocaram a coletiva de imprensa para explicar os motivos que levam à contrariedade do projeto. Assista na íntegra:

RS já pagou mais de 3 vezes o valor da dívida

Conforme divulgado pelo núcleo gaúcho da Auditoria Cidadã da Dívida Pública e o Sindicato de Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do RS (CEAPE-Sindicato), o RS pegou emprestado da União, em 1998, cerca de R$ 9 bilhões. Destes, já foram pagos mais de R$ 37 bilhões, sendo que, em dezembro de 2021, o RS ainda deve R$ 73 bilhões. As entidades criticam a utilização do mecanismo de juros sobre estes pagamentos, visto que os juros são uma remuneração do capital investido de forma a obter lucro, relação que não deveria haver entre entes da Federação.

Atualmente, o RS tem duas ações judiciais que tramitam no Supremo Tribunal Federal questionando o montante da dívida. Uma delas, por exemplo, ingressada pela OAB/RS (ACO 2059) ainda em 2012, conseguiu determinar, através de perícia judicial, que se os parâmetros da ação forem tomados como os corretos pela justiça, o valor dívida pública do RS com a União deveria diminuir em 70%. Com isso, o estado deixaria de pagar um valor de aproximadamente R$ 48 bilhões.

:: Auditores afirmam que a dívida do RS está paga desde maio de 2013; entenda ::

Dessa forma, diversas entidades estão mobilizando a sociedade através da campanha #EstaContaEstáPaga, afirmando que, de acordo com cálculos justos, a dívida do RS já estaria quitada desde maio de 2013.

Teto de gastos vai impactar serviços prestados à população

Conforme o auditor fiscal Felipe Leiria, presente na coletiva, existem alternativas ao estado para enfrentar o tema da dívida. Para ele, os argumentos técnicos precisam ser enfrentados, sem reduzir a questão a uma visão maniqueísta.

"O governo trata [o PLC 48] como um mero ajuste, mas nós discordamos. O governo vai passar a se submeter ao teto de gastos não somente por quatro anos, e sim nove anos. A própria adesão ao Regime vai trazer a discussão sobre como o estado encara a dívida", afirmou Felipe.

Auditores defendem alternativas

Recordou que o RRF vai impor grandes restrições ao próximos dois governos estaduais, restringindo contratações de servidores e permitindo somente a contratações temporárias, impactando diretamente os serviços prestados à população. Também trouxe que o Plano de Recuperação Fiscal, que detalharia os passos dessa recuperação, ainda está mantido sob sigilo, de forma que nem mesmo os deputados estaduais tiveram acesso, tampouco a sociedade como um todo.

"Não interessa à sociedade reduzir o debate dessa forma. Há alternativas, mesmo dentro dos marcos ideológicos desse mesmo governo, legitimamente eleito. Medidas essas menos gravosas", afirmou o auditor, que na audiência falou pelo CEAPE-Sindicato.

Leiria reforçou também que o desejo é que o governo tome uma decisão consequente e responsável, retirando o regime de urgência do PLC, para que o projeto possa ser melhor debatido com toda a sociedade.

RRF é austeridade permanente contra o povo

O auditor do Tribunal de Contas do RS Josué Martins afirmou que a proposta de recuperação de fiscal que está em jogo no legislativo gaúcho é um modelo de austeridade permanente contra o povo. Além disso, avaliou que o debate que está em jogo é o papel do investimento público no desenvolvimento do estado.

Josué recordou que, se bem sucedidas as ações que questionam os valores atuais da dívida, seria aberto um espaço fiscal de aproximadamente R$ 80 bilhões que o RS poderia buscar na forma de novos empréstimos e financiamentos para poder investir no desenvolvimento do estado. Dessa forma, o auditor também frisou que os grupos presentes na coletiva não são contra a dívida, mas sim contra a forma como esse endividamento aconteceu pois, de forma diferente, o estado poderia tomar esse endividamento para investir em obras e serviços públicos, por exemplo.

"Tomar impulso novo que permita o estado recuperar a capacidade de investimento vai mudar o cenário do desenvolvimento. O estado investe, em média, R$ 1 bilhão ao ano. Imaginem o que seria o estado ter à disposição o montante de R$ 80 bilhões, não é pouca coisa o que estamos falando", ressaltou o auditor.

Governo estadual faz "terrorismo fiscal"

"Ainda na linha do terrorismo fiscal que governo vem fazendo: o argumento é que se não aderirmos ao RRF, nós teremos que desembolsar as parcelas não pagas desde a liminar do STF", disse Josué sobre o que defende o Executivo com relação aos valores da dívida que não estão sendo pagos desde 2017. "O governo, em dezembro do ano passado, aditou a dívida e consolidou esses valores no montante total. Esses valores, quando voltarmos a pagar, estaremos pagando também essas parcelas que foram refinanciadas", explicou.

Ainda na linha das alternativas, recordou que o Legislativo federal aprovou a Lei Complementar Federal 178/21, que atualizou a última versão do RRF e trouxe duas alternativas: o Plano de Acompanhamento e Fiscal (PATF) e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF). Ambos os planos mantêm níveis de perda de autonomia estadual, pois incluem a instituição de um Conselho de Supervisão, formado por três pessoas, sendo duas delas agentes externos ao governo estadual.

Porém, ambos os planos são alternativas menos restritivas, sob o ponto de vista dos investimentos. No referido PEF, explicou Josué, há a possibilidade de obtenção de novos financiamentos com garantias da União, além de ter a vigência de apenas uma gestão.

Reforçou que, de qualquer forma, o RS não precisa abrir mão das ações judiciais que tramitam no STF questionando a dívida, inclusive argumentando que estes valores já foram pagos. Concluindo, questionou se é justo e razoável que o atual governo amarre os dois próximos mandatos com um compromisso que não quis para o seu próprio governo.


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

Editado por: Marcelo Ferreira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

anti-imperialismo

Cuba reafirma disposição ao diálogo com EUA, mas critica hostilidade crescente

ARTIGO DE OPINIÃO

Os desafios da esquerda diante da  ‘extrema direita soft’

DIÁLOGO

Kremlin reafirma vontade de retomar negociações com Ucrânia ‘sem pré-condições’

POR CESSAR-FOGO

Hamas liberta prisioneiro às vésperas de giro de Trump pelo Oriente Médio, que não inclui Israel

BOLETIM FOCUS

Bancos projetam que Copom não eleve mais taxa Selic em 2025

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.