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Repressão

Artigo | Censura na Rádio Universitária escancara o racismo da intervenção bolsonarista na UFC

Músicas vinculadas às religiões de matriz africana estiveram entre os alvos da repressão na FM

26.maio.2022 às 14h44
Fortaleza, CE
Lívio Pereira
ato na uFC

Ato na Universidade Federal do Ceará em defesa da FM Universitária - Foto: Lívio Pereira

A crise é estética, ética e política. Não podemos esquecer que a presidenta Dilma Rousseff (PT) sofreu um golpe ‘com o Supremo com tudo’ e que os deputados e senadores alegaram fazer isso por Deus, pela família e em memória de torturadores. Não esqueçamos que arte e cultura seguem sofrendo ataques cotidianos e que a imprensa pública sofre censura todos os dias.

Dito isto, quero aqui ecoar a vaia cearense que foi dada por servidores públicos, estudantes e professores da Universidade Federal do Ceará, ao lado de artistas, lideranças sindicais, movimento sociais populares e partidos de esquerda em frente à Reitoria da UFC ao interventor que nem merece ter seu nome registrado aqui.

Essa vaia, não foi dada apenas ao interventor da Universidade, mas também ao capetão que almeja invadir o Palácio da Abolição, ao outro capetão que tomou de assalto os Palácios da Alvorada e do Jaburu, além da Esplanada do Ministérios, Câmara, Senado, prefeituras, governos, parlamentos estaduais e municipais, judiciário e todo o território público e democrático que foi invadido pelo ódio, rancor e nojo que a burguesia brasileira lançou e lança diariamente contra nós trabalhadores.

Quando falo burguesia, me refiro aos banqueiros, donos da Havan, donos da Amazon, donos de shoppings, donos das grandes indústrias, aos agentes do agronegócio. Refiro-me aquelas pessoas que dominam quase todo dinheiro do mundo, enquanto o mundo quase todo não consegue pagar o gás, o pão de cada dia, a roupa de seus filhos e muito menos investir em seu futuro.


Caminhada pelo bairro do Benfica reuniu cerca de 2.000 pessoas em defesa da Rádio FM Universitária / Lívio Pereira

O caso da censura na Rádio Universitária da UFC demonstra também um dos aspectos mais estruturais em nosso Brasil, o racismo. Entre as justificativas para os ataques da Fundação de Cultura da UFC que gere a Rádio (instituição também sob intervenção) contra o professor Nonato Lima, servidor da UFC, jornalista e histórico coordenador da Rádio, por ele tocar em seu Programa e na programação da FM, músicas vinculadas às religiões de matriz africana e a cultura negra brasileira. É preciso derrotarmos o colonialismo racista que ainda reina na cultura brasileira e para isso precisamos falar sobre branquitude.

Não esqueçamos que o casal, que é branco, que invadiu o Palácio do Planalto, nas primeiras horas dentro do lugar mandou embora a importante obra Três Orixás da pintora Djanira da Motta e Silva, além de trocar as cadeiras com assentos vermelhos por cadeiras de assentos azuis. Repito, a crise é estética, ética e política. Nem as obras de arte sacra, as católicas, se livraram da sanha fascista deles, que empurraram tudo para o Jaburu.


Ato fez parada em frente a sede da Fundação Cearense de Cultura para a apresentação do Maracatu Solar. / Lívio Pereira

Nós de esquerda, sobretudo os brancos como eu, precisamos entender que o racismo é uma estrutura relacional, que afeta negros e brancos, sendo que negativamente os primeiros e positivamente os segundos. Parte de estarmos vivendo essa miséria e terror absurdo em nosso país é, também, por não termos superado o racismo. Será difícil fazermos, mas enquanto nós brancos de esquerda não percebermos o quanto o racismo nos privilegia cotidianamente, não conseguiremos de fato nos irmanar enquanto classe para fazer a revolução.

Até porque a classe trabalhadora é majoritariamente preta, seja na indústria, seja no comércio seja no campo, seja onde for. O Projeto Popular para o Brasil nasce na luta abolicionista de Luís Gama, Luísa Mahin e tantas outras lutadoras e lutadores negros contra a escravidão.

*Trabalhador da cultura e militante social.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

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Editado por: Camila Garcia
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