Distrito Federal

Pandemia

DF começa a aplicar dose de reforço contra a covid-19 em adolescentes

Ministério da Saúde publicou nota técnica recomendando imunização adicional na faixa etária de 12 a 17 anos

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
O Ministério da Saúde ampliou a recomendação de vacinação com a dose de reforço para adolescentes entre 12 e 17 anos - Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal começou a aplicar, nesta segunda-feira (30), a dose de reforço da vacina contra a covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos.

Na última sexta-feira (27), o Ministério da Saúde ampliou para essa faixa etária a recomendação para a dose de reforço, que até então só estava disponível para maiores de 18 anos, ou para pessoas imunossuprimidas menores de idade. 

Pelas regras, a dose de reforço só deve ser aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente. Se houver indisponibilidade da vacina, a Coronavac pode ser usada.

A recomendação do Ministério da Saúde também vale para adolescentes gestantes e puérperas. Tanto o imunizante da Pfizer quanto a Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deve ser utilizada.

No sábado (28), a Secretaria de Saúde levantou que há doses de CoronaVac disponíveis nas salas de vacina. A pasta também solicitou a reposição de doses da Pfizer ao governo federal. No DF, são 268.474 adolescentes na faixa etária entre 12 e 17 anos. Desses, 241.783 já tomaram um dose de vacina e 194.898 receberam a segunda dose. Com o intervalo de quatro meses sendo respeitado, no momento, há 173.337 adolescentes aptos a tomar o reforço.  

Os pontos de vacinação podem ser consultados na página da Secretaria de Saúde na internet

Imunidade

Em abril, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para a importância da dose de reforço em todas as pessoas. Um período após a aplicação da segunda dose, o nível de anticorpos presentes no organismo cai. Com a dose de reforço, a proteção é restabelecida. As análises mostraram que a chamada taxa de soropositividade passou de 98%, após 30 e 60 dias da aplicação da vacina, para 69%, no período que compreendeu entre 91 e 180 dias após a vacinação. 

Com a aplicação do reforço da Pfizer, esses índices foram restabelecidos, chegando a 100% de soropositividade 15 dias após a aplicação.

A baixa adesão à dose de reforço preocupa as autoridades sanitárias. No DF, a população entre 20 e 49 representam, atualmente, cerca de metade das contaminações por covid-19. Apesar disso, apenas 35% desse público está com a imunização atualizada, incluindo a dose de reforço.

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Edição: Flávia Quirino