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Coluna | O perigoso retorno de Francischini

Episódio do deputado paranaense é mais uma queda de braço entre Bolsonaro e os ministros do Supremo

Curitiba (PR) |
Francischini “cometeu crimes ao utilizar o perfil pessoal no Facebook para promover ataques contra as urnas eletrônicas” - Foto: Reprodução

A decisão que devolve o mandato do deputado estadual e bolsonarista, Fernando Francischini, é mais grave do que se imagina. A tabelinha entre os ministros indicados por Bolsonaro, Nunes Marques, que ignorou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e André Mendonça, que pediu vistas do processo, adiando uma análise na II Turma ou no Plenário, dão fôlego para os questionamentos das urnas brasileiras e do processo eleitoral.

Quando perdeu o mandato no TSE, em 2021, Francischini foi julgado por Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Os três desafetos de Bolsonaro. Para o presidente, Fachin deveria ser considerado “impedido” porque abriu as portas para que Lula fosse solto. Já Barroso faz a defesa do processo eleitoral e Alexandre de Moraes conduz o inquérito das fake news. É importante se lembrar que Francischini “cometeu crimes ao utilizar o perfil pessoal no Facebook para promover ataques contra as urnas eletrônicas.”

O episódio do deputado paranaense é - nos bastidores - mais uma queda de braço entre Bolsonaro e sua campanha contra as urnas e a favor das fake news e os ministros do Supremo, responsáveis por garantir o pleito em 2022. Francischini é o “Daniel Silveira” das araucárias e a devolução do mandato é uma espécie de indulto presidencial via seus ministros de confiança na Corte Suprema.

Edição: Lia Bianchini