Risco

Covid avança e já representa quase 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil

Tendência de alta é observada em todo o pais; 92% das mortes por vírus respiratórios estão relacionadas ao coronavírus

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Fiocruz alerta que reforço da vacina é fundamental - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Informe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta, mais uma vez, tendência de aumento nos casos de covid-19 no Brasil. O Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (9), aponta que quase 70% dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) das últimas quatro semanas estão relacionados ao coronavírus.

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Quase todos (mais de 92%) os óbitos por vírus respiratórios relatados entre 29 de maio e 4 de junho ocorreram por causa da doença. Nesse período foram 7,7 mil casos de SRAG no país. Segundo a Fiocruz, o cenário de crescimento no número de pacientes com a síndrome está explícito nacionalmente e em todas as faixas etárias da população adulta.

Da primeira a última semana de maio, houve alta de 39,5% na média móvel de casos semanais da população em geral. No recorte de pessoas a partir de 18 anos, a alta estimada foi de 88,7%. Entre crianças e adolescentes verificou-se estabilidade, mas em patamares elevados na faixa etária de 0 a 11 anos de idade.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, afirma que o cenário reforça a importância das doses de reforço da vacina e da necessidade do uso de máscara.  "É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual - tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental."

Dos mais de 155 mil casos de SRAG registrados no Brasil este ano, quase metade estava associada a alguma infecção por vírus respiratórios. O coronavírus foi identificado em 82,7% dessas situações.

A Fiocruz alerta ainda que há sinais de forte crescimento nas tendências de longo prazo, referentes à análises das últimas seis semanas. Esse cenário é observado em 24 das 27 unidades da federação. Apenas Ceará, Tocantins e Pernambuco  apresentam indícios de estabilidade ou queda na tendência.

 

Edição: Rodrigo Durão Coelho