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VENENO

Acampamento Marielle Franco sofre com pulverização de agrotóxicos no Maranhão

Famílias denunciam que produção de alimentos agroecológicos fica contaminada por agrotóxicos usados por empresa vizinha

15.jun.2022 às 08h03
Imperatriz (MA)
Mariana Castro

O agricultor João Rodrigues lamenta a perda da produção caju envenenada por agrotóxicos - Mariana Castro

No município de Itinga, no Maranhão, cerca de 150 famílias do acampamento Marielle Franco vivem sob um duplo ataque: as tentativas de despejo e a pulverização de agrotóxicos. De acordo com os acampados, as ameaças têm uma mesma fonte: a empresa Viena Siderúrgica.

A 620 km da capital São Luís, o acampamento completou 4 anos neste mês de junho. São cerca de 150 famílias acampadas que se destacam na produção de alimentos agroecológicos, que além de garantirem a subsistência, são vendidos nas feiras das cidades mais próximas.


Acampado e agricultor familiar, Afonso Almeida apresenta estoque de arroz que abastece a família / Mariana Castro

Por não possuírem a posse da terra, as famílias mantêm pequenas roças, além de quintais produtivos com legumes, verduras, frutas e hortaliças, como explica o agricultor Afonso Almeida.

"Eu produzo amendoim, abóbora, arroz, feijão, milho, macaxeira, corante, a prova está aí a safra que estou colhendo (…) Aqui nós estamos fazendo por enquanto em rocinhas pequenas porque ainda estamos em fase de acampamento, né?".


Sem energia e água encanada, as famílias são abastecidas por galões de água que carregam do brejo / Mariana Castro

Ainda sem direitos básicos como energia elétrica e água nas torneiras, as famílias do Acampamento Marielle Franco resistem no local com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que colaborou na garantia de espaços coletivos como associação, unidade escolar e igreja, além do reconhecimento histórico de realizar a primeira feira de produtos da reforma agrária do município de Itinga.

A agricultora Rosa, que preferiu não ser identificada pelo sobrenome, explica que a participação das famílias nas feiras chama atenção pela qualidade e variedade dos produtos, que ajudam no sustento das casas.

"Nós vende galinha, nós vende quiabo, cuxá, tudo o que nós produz aqui, nós leva para fora para vender no Itinga, para comprar sabão e outras coisas que a gente não pode produzir aqui dentro", explica.

Com destaque na produção de arroz, que chega a alcançar quase 150 toneladas em um ano, toda essa variedade de alimentos está ameaçada pela pulverização de agrotóxicos, que segundo os acampados são lançados pela Viena Siderúrgica, que mantém extensas plantações de eucalipto destinadas à produção de carvão que abastece os fornos da siderúrgica.


O casal de agricultores lamenta a perda da produção de castanha e fruto de mais de 70 pés de caju / Mariana Castro

João Rodrigues e Antônia Aguiar moram no acampamento desde o início e possuem uma produção de encher os olhos, mas lamentam que a cada ano, acompanham o esforço de anos de trabalho perder valor por causa do envenenamento dos alimentos.

"Esses pés de caju, nós aguava. Ele cansava de buscar tambor de água nas costas para aguar, e hoje estamos vendo esse prejuízo que está dando. Se não fosse esse veneno, eu creio que ele ia tirar bem de caju e de castanha, porque são 70 pés de caju (…) é cheio de eucalipto ao redor aqui, os plantios deles é só eucalipto, só eucalipto. Para ele é bom que eles têm a renda. E nós, que somos trabalhador rural?", questiona Antônia.


Protesto durante a Jornada Nacional da Juventude denuncia impactos da empresa Viena Siderúrgica / Mariana Castro

As famílias denunciam ainda ameaças e intimidações por parte da empresa que, segundo eles, fecham barreiras de acesso à cidade em determinadas situações, além de manter vigilantes privados à paisana nos territórios de convivência da comunidade, retirando ferramentas de trabalho das mãos e até expulsando trabalhadores das roças.

No processo judicial em andamento, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já notificou à justiça do município de Itinga que a área pertence à União, mas como o órgão não se colocou como parte no processo, a decisão ainda compete à justiça local.

"Nós não pode ir lá para a roça, se ir tem que ir quase o acampamento todo para vigiar as coisas, porque se deixar lá, vem o capeta e corta. Corta, faz o que quer. Toma as foices do peão, coloca para correr e assim é a vida da gente aqui. Mas se não fosse esse tipo de coisa a gente vivia aqui no céu", denuncia Rosa.

Sobre as denúncias de ameaças, intimidações e pulverização de agrotóxicos sobre as plantações dos acampados, a equipe do Brasil de Fato tentou contato com a empresa Viena Siderúrgica, mas não recebeu respostas até o fechamento desta matéria.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: amazôniadespejomaranhãomarielle francomst
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