O Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) convida para o lançamento da segunda edição da campanha Sementes de Solidariedade. O lançamento será virtual, em live veiculada nas redes sociais, nesta segunda-feira (20), às 19h. Acompanhe na página do Brasil de Fato RS no Facebook.
A ação, promovida pelo Instituto e entidades parceiras, visa levar sementes crioulas, mudas de árvores, plantas medicinais e bioinsumos até comunidades quilombolas, indígenas, camponesas e periféricas do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul. A live será uma oportunidade para conhecer o projeto, os testemunhos da primeira edição e também a reflexão sobre os significados da semente.
Aqueles que conhecerem o projeto e quiserem contribuir podem doar através do PIX [email protected] (depósito no LeftBank) ou [email protected] (depósito na Cresol). Mais informações sobre o projeto, através do WhatsApp (53)999405838.
Projeto Sementes da Esperança visa levar sementes crioulas, mudas de árvores, plantas medicinais e bioinsumos até comunidades quilombolas, indígenas, camponesas e periféricas / Reprodução
Segunda edição visa dar continuidade ao projeto
A primeira edição aconteceu entre os meses de maio e outubro de 2021. Segundo informa o Instituto, foram beneficiadas mais de 2 mil famílias, aproximadamente 7 mil pessoas pessoas, em 67 comunidades de 37 municípios nos dois estados, além das 118 famílias que produziram as sementes e mudas.
Conforme os dados do relatório e a prestação de contas apresentada aos apoiadores, foram distribuídas 10 mil kg de semente de milho crioulo, cerca de 2 mil kg de sementes de Feijão, 9.105 sachês de sementes de hortaliças diversas, 3 mil ramas de mandioca e 1.500 mudas nativas frutíferas, 150 kg de amendoim, 300 kg de arroz sequeiro, 200 kg de sorgo, além de pó de rocha e biofertilizantes naturais.
Darlan Gutieres, técnico do ICPJ que participou da coordenação do projeto, explica que “as sementes crioulas carregam as experiências de milhares de anos de trabalho das famílias camponesas no cuidadoso processo de seleção e conservação deste patrimônio genético”, afirmando o projeto Sementes de Solidariedade como um símbolo de autonomia e resistência camponesa, mecanismo de protagonismo popular, troca de saberes e a divulgação de informações. Ressalta ainda que o programa "está estruturado a partir dos eixos da sustentabilidade socioambiental, agroecologia, inclusão econômica, desenvolvimento territorial, segurança alimentar e solidariedade social".
“Durante a execução do projeto encontramos muitas pessoas e comunidades que necessitavam ser beneficiados e não estavam previstos no planejamento inicial. Dentro do possível tentamos atendê-los, mas a realidade do nosso país para com os pequenos é muito cruel”, apontou Frei Wilson Zanatta, dirigente do Instituto. "Por este motivo o ICPJ está novamente colocando o projeto em andamento e novos parceiros estão sendo prospectados", esclarece.
O projeto é do Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) e tem o apoio do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina, junto a comunidades indígenas, quilombolas, camponesas e espaços periféricos nos estados do RS e MS. Participam da ação ainda organizações como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Cáritas, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e as cooperativas camponesas Cooperfumos, Coonaterra, Cooperbio, Coptil, ArpaSul e Coopsat, bem como as unidades de produção de sementes crioulas e agroecológicas Bionatur e Origem Camponesa.
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