Memória

Ato na Faculdade de Direito da USP marca três anos da prisão de Preta e Sidney Ferreira

A prisão é considerada a prova da "mão persecutória do Estado contra os movimentos que lutam por moradia"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Carmem Silva e Preta Ferreira, mãe e filha, ambas do MSTC, em ato contra a criminalização dos movimentos sociais - MSTC/Divulgação

Nesta sexta-feira (24), a escritora Preta Ferreira e a pré-candidata a Deputada Estadual em São Paulo pelo PSB Carmen Silva, mãe e filha, realizaram ato na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) contra a criminalização de movimentos sociais.  

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O evento também marcou o aniversário de três anos de prisão de Preta Ferreira, como é conhecida Janice Ferreira da Silva, e de seu irmão, Sidney Ferreira, que haviam sido acusados de extorsão e associação criminosa por supostamente coagir moradores a pagarem taxas nas ocupações do centro da cidade de São Paulo. Cerca de 100 dias depois da prisão, ambos foram liberados após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) ter concedido habeas corpus.  

A prisão é considerada a prova da "mão persecutória do Estado contra os movimentos que lutam por moradia, por justiça e igualdade", escreveu o Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC), do qual a família Ferreira faz parte. 

A realização do ato teve o propósito, segundo Preta Ferreira e Carmen Silva, de não deixar que as prisões caiam no esquecimento e impedir que o aparato do Estado seja utilizado para "perseguir movimentos e lideranças populares". 

O ato também contou com a presença de Amarílis Costa, Lázara Carvalho, Ana Mascarenhas, Beto Vasconcelos, Augusto Botelho e do vereador Eduardo Suplicy. 

Confira a entrevista que o Brasil de Fato fez com Preta Ferreira em 2019, quando ainda estava encarcerada.

 

Edição: Thalita Pires