DIREITOS

Dia do Orgulho LGBTQIA+ é uma data relevante, mas símbolos devem sempre ser lembrados

Debate deve estar presente nas mesas de reuniões e negociações políticas de qualquer organização

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Entendemos que para defender os direitos, a cidadania e a dignidade de todes é preciso informação sobre a população LGBTQIA+ - Giorgia Prates

Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado no dia 28 de junho, é uma data relevante, em que devemos fazer o debate por um mundo mais inclusivo e consciente.

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A data também diz sobre a importância do combate aos preconceitos contra a população LGBTQIA+ e todes que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis, queer, questionando, curioso, intersexo, assexual, pansexual, polissexual, familiares e amigos, dois-espíritos, kink e demais orientações sexuais e identidades de gênero.

Nossas bandeiras e símbolos do movimento devem ser sempre lembrados, não somente no dia 28 de junho; devemos pautar a mídia e a política, principalmente neste governo que estamos vivendo no Brasil, que é homofóbico, lesbofóbico, transfóbico, racista, machista e fascista.

É preciso fazer esse enfrentamento e promover o debate pela promoção do respeito e do empoderamento de indivíduos ainda hoje marginalizados e vulnerabilizados, seja por preconceito, estigma ou discriminação. A sigla diz respeito à inclusão de outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero, que devem estar sempre em nossas pautas fazendo contraponto a esse governo.

Entendemos que para defender os direitos, a cidadania e a dignidade de todes é preciso informação sobre a população LGBTQIA+, para que sigamos com os direitos assegurados via muitos embates políticos. Temos um compromisso ético de denunciar discriminações que excluem e perseguem, além da violência LGBTfóbica e a incitação ao ódio.

Nossa luta é por direitos como saúde, união estável, casamento, família e adoção, mercado de trabalho, readequação de sexo e gênero, nome social a todos cidadãos(ãs), independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. É também para viabilizar políticas públicas semelhantes aos corpos, com toda a sua pluralidade dos sujeitos envolvidos nas demandas, saindo de um colonialismo hierarquizante de direitos humanos no mundo.

Portanto, estamos falando da luta diária em busca da humanização das relações interpessoais e no ambiente de trabalho. E dentro das organizações, no atual contexto político, bem como na categoria bancária, ainda é um desafio.

É necessário compreendermos a diferença entre diversidade e inclusão, uma vez que diversidade está atrelada a porcentagem de diferentes pessoas atuando na empresa, como, por exemplo, negros(as), mulheres, LGBT’s, PCD’s, entre outras(os), e a inclusão é a prática da promoção e tratamento igualitário a todes os grupos envolvidos, que visa o direito das mesmas oportunidades de desenvolvimento e crescimento.

É um debate que deve estar presente nas mesas de reuniões e negociações políticas de qualquer organização que busca um ponto inicial para promover mudanças e diversidade na sociedade e no ambiente de trabalho.

Saudações a quem fez a luta por este Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

Não nos enganemos, temos ainda muitos embates pela frente.

*Sandro Rodrigues é diretor de diversidade e combate ao racismo do SindBancários-RS.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Fonte: BdF Paraná

Edição: Pedro Carrano