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Thiago Gagliasso terá que indenizar em R$ 10 mil mãe de vítima da chacina do Jacarezinho

Ator publicou nas redes sociais imagem que associava Adriana Santana de Araújo Rodrigues ao tráfico de drogas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O ator ironizou a repercussão da decisão: “Bom dia para quem acordou condenado e sequer foi notificado do processo” - Divulgação

O ator Thiago Gagliasso, irmão de Bruno Gagliasso, foi condenado pela Justiça do Rio a pagar indenização de R$ 10 mil por danos morais contra a mãe de um dos mortos da da chacina do Jacarezinho, em maio do ano passado. 

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Nas redes sociais, Thiago compartilhou a imagem de uma mulher segurando um fuzil e afirmou que ela era Adriana Santana de Araújo Rodrigues, mãe de Marlon Santana De Araújo, um dos jovens assassinados durante a operação policial. A intenção da postagem era relacionar a vítima ao tráfico de drogas.

Segundo a condenação, homologada na última semana, Thiago também vai ter que publicar uma retratação "com o mesmo alcance" da publicação anterior. Ele deve falar sobre a sentença e confirmar que a mulher do vídeo não era Adriana.

Caso não cumpra a determinação, Thiago deverá pagar multa diária de R$ 200. O valor só pode chegar até R$ 2 mil.

Após a repercussão da decisão, no último domingo (3), o ator ironizou a repercussão da decisão: “Bom dia para quem acordou condenado e sequer foi notificado do processo”.

Relembre o caso

Em maio deste ano se completou um ano da chacina do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro. A operação policial ficou conhecida como a mais letal do estado, com 28 mortos. De lá para cá, foram 47 outras chacinas na região metropolitana e 33 delas ocorreram durante ações e operações policiais, segundo o Instituto Fogo Cruzado.

Um ano depois da operação do Jacarezinho, 10 das 13 investigações do Ministério Público foram arquivadas, duas foram aceitas e uma segue em andamento. Isso significa que 23 mortes das 28 mortes tiveram inquéritos arquivados.

Para a operação policial no Jacarezinho, foram utilizados 250 policiais, quatro blindados e dois helicópteros, mas apenas dois agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) envolvidos na operação cumprem medida cautelar, dentre as quais estão o afastamento da função pública externa e de toda e qualquer atividade policial no bairro onde se deram os fatos.

Edição: Mariana Pitasse