Paraná

ENTREGA DA NAÇÃO

Editorial. A privatização da Eletrobras e as manobras eleitoreiras de Bolsonaro

O governo Ratinho Jr se ajoelha para a mesma política, embora a de forma diferente, privilegiando os acionistas da Copel

Curitiba (PR) |
Governador Ratinho Junior e presidentes da Copel e Copel Telecom comemoram privatização. - Rodrigo Félix /AEN

Em junho, o governo anunciou a privatização da Eletrobras como sua façanha; na verdade foi uma subordinação ao capital financeiro e desprezo por uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social para o Brasil.

Agora o governo vai usar os cerca de R$ 30 bi arrecadados com venda das ações para cobrir o rompo fiscal da própria União e dos estados, após anúncio de zerar impostos federais sobre combustíveis e eletricidade. Definiu também cortar pela metade o ICMS, imposto estadual e principal fonte de arrecadação das unidades da federação, incluindo gastos sociais. Essa é uma das medidas eleitoreiras de Bolsonaro!

No Paraná, o governo Ratinho Jr se ajoelha para a mesma política, embora a de forma diferente, privilegiando os acionistas da Copel com fartos dividendos, enquanto o povo paranaense amarga uma tarifa de eletricidade que não cabe no orçamento.

Em 2022, o disfarce do “pequeno reajuste” de Ratinho Jr na conta da luz, que foi de 1,2%, deu-se pelo uso dos recursos provenientes da privatização da Eletrobras. Em 2023, porém, sem eleição, a conta virá com tudo.

Nessas eleições, portanto, precisamos retirar os vendilhões do templo que nos governam. Há esperanças no Brasil e no Paraná, vamos à luta!

 

Edição: Pedro Carrano