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EDUCAÇÃO

Artigo. O fim do ensino profissionalizante: do PROEM à Unicesumar

Não há nem sinal de processo ensino-aprendizagem

12.jul.2022 às 07h38
Curitiba (PR)
Cláudia Gruber

"E agora? O que restou a esses jovens? Apenas uma TV! E como eles mesmos disseram: “TV temos em casa. Queremos professores!” - Giorgia Prates

Nesse 2022, com a implantação do Novo Ensino Médio (NEM), o Ensino Profissionalizante nas Escolas Públicas sofreu mais um duro golpe: as aulas técnicas agora são à distância, via uma universidade privada, a Unicesumar.    

Em uma aula específica, cerca de 200 alunos de primeiro ano do EM ficam parados em frente a uma tela de TV assistindo às aulas à distância, sem poder interagir com o professor da disciplina técnica. O que eles estão aprendendo? Provavelmente, nada. 

A justificativa do governo para este modelo é a falta de professores destas disciplinas, mas sabemos que isso não é verdade. O ensino técnico sempre foi atacado pelo governo.

A história já vem de longa data com o famigerado Proem, lá no final dos anos 1990, quando o então governo Lerner, com suas políticas educacionais neoliberais, instituiu o Programa do Ensino Médio (PROEM) e as escolas que aderissem teriam que abrir mão de seus ensinos técnicos para receber algumas benesses, como laboratórios de informática. Começava aí o desmonte do ensino profissionalizante, pois cursos excelentes deixaram de ser ofertados à comunidade já naquela época.

Somente no governo Requião conseguimos resgatar o Ensino Profissionalizante em nossas escolas. Tanto na modalidade integrada ao Ensino Médio, quanto na modalidade subsequente, possibilitando assim a muitos ex-alunos a obtenção de um diploma técnico no período de um ano a dois anos. Formamos técnicos em Administração, Contabilidade, Segurança no Trabalho, Enfermagem,  Logística, RH, Formação de Docentes, Informática, entre outros. 

Mas, como tudo o que é bom, sempre acaba. Veio o governo Richa e os investimentos nos cursos profissionalizantes foram diminuindo, a abertura das turmas tornou-se cada vez mais difícil e a implantação de novos cursos nas escolas sempre vinha com negativas de ordens diversas. Fizemos então o possível e o impossível para manter o que tínhamos, mas não foi o suficiente.

Além disso, o fechamento gradativo de turmas do ensino noturno foi outro fator que contribuiu para a diminuição da oferta do profissionalizante, já que as turmas subsequentes, em sua maioria, funcionam à noite.  

O NEM chegou para jogar uma pá de cal de vez no Profissionalizante. O governo Ratinho Jr, com a desculpa de falta de professores, assina um contrato milionário com a Unicesumar (R$ 38,4 milhões) para assumir essa tarefa e o que as escolas recebem? TVs, monitores (com salário de R$ 640,00) e aulas online.

Sem haver a mínima capacidade de interação, diálogo, possibilidade dos alunos sanarem suas dúvidas. Ou seja, não há nem sinal de processo ensino-aprendizagem. Como falar em profissionalização dessa maneira? Que tipo de profissional será preparado? Quem irá contratar esse jovem? 

Passei um dia desses por uma turma de Administração e fiquei um tempinho observando os alunos tendo a dita vídeo aula. Os das primeiras carteiras pareciam prestar atenção, outros, mais ao fundo, mexiam os celulares, dormiam ou batiam papo. O monitor, indiferente a tudo, só esperando dar o horário de desligar a TV. Que baita tristeza! Fiquei lembrando das aulas maravilhosas que as professoras Tânia Grochetz e Eni Mari Kusch lecionavam no Victor do Amaral para as turmas técnicas quando eu trabalhava lá.

Quantos TCCs incríveis tivemos ao final dos cursos, quantas Feiras de Marketing, palestras e eventos fantásticos aconteceram pelas mãos desses profissionais. E agora? O que restou a esses jovens? Apenas uma TV! E como eles mesmos disseram: “TV temos em casa. Queremos professores!”   

Editado por: Pedro Carrano
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