FOTOGRAFIA

Sebastião Salgado expõe fotos inéditas da Amazônia no Museu do Amanhã, no Rio

Exposição com quase 200 imagens do renomado fotógrafo brasileiro abre nesta terça-feira (19)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Fotógrafo mostra ao público imagens da floresta, rios, montanhas e as várias comunidades indígenas da Amazônia - Divulgação/Sebastião Salgado

Um dos fotógrafos mais famosos do mundo, o brasileiro Sebastião Salgado ganha uma exposição no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, a partir desta terça-feira (19). A mostra "Amazônia" apresenta 194 imagens impressas e o trabalho é resultado de sete anos de experiências e expedições na Amazônia brasileira.

A exposição tem causado impacto por onde passa, como França (Museu da Música - Filarmônica de Paris), Itália (MAXXI Museu, em Roma) e Inglaterra (Museu da Ciência, em Londres), lembrando quão impressionante a vida na floresta é, seja na visão aérea que traz a curva luminosa de um rio, seja nos minuciosos adornos utilizados pelos povos originários. 

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A floresta, os rios e as montanhas e as várias comunidades indígenas — estão retratados os povos Awá-Guajá, Zo'é, Suruwahá, Yawanawá, Marubo, Asháninka, Korubo, Yanomami e Macuxi – formam o denso universo que marca o olhar do fotógrafo com imagens impressionantes, em sua grande maioria mostradas ao público pela primeira vez.

Além das imagens impressas, a exposição apresenta ainda dois espaços com projeções de fotografias. Uma delas mostra paisagens florestais musicadas pelo poema sinfônico "Erosão — Origem do Rio Amazonas", do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959). 

A outra parte revela retratos de indígenas, com uma composição especial do artista musical Rodolfo Stroeter. Também serão exibidos vídeos com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados hoje em sua sobrevivência na floresta.

"Esta exposição tem o objetivo de alimentar o debate sobre o futuro da floresta amazônica. É algo que deve ser feito com a participação de todos no planeta, junto com as organizações indígenas", afirma Sebastião Salgado. 

Segundo o Museu do Amanhã, a exposição reflete a necessidade de mais investimentos em pesquisa, assim como propostas assertivas para enfrentar as causas e as consequências do aquecimento global. E valoriza e defende populações que historicamente vêm sendo dizimadas em nosso território, como os povos originários. 

Serviço 

O Museu do Amanhã fica na Praça Mauá, no centro do Rio. A exposição abre na próxima terça-feira e vai até 29 de janeiro de 2023. O local funciona de terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos variam de gratuito à meia-entrada (R$ 15) para estudantes, professores, PCDs etc e podem ser adquiridos no site https://www.eventim.com.br/artist/museu-amanha/

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda