A Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou, nesta quarta-feira (20), que a vacinação das crianças de 3 e 4 anos contra a covid-19 deverá começar gradualmente no Rio Grande do Sul, de acordo com a disponibilidade do saldo de vacinas Coronavac/Butantan em estoque nos municípios. Na capital gaúcha a imunização iniciou já nesta quarta.
De acordo com a SES, há no RS cerca de 172 mil doses remanescentes já distribuídas, enquanto o público total estimado dessa faixa etária no estado é de 281 mil crianças. Por isso a prioridade, neste primeiro momento, serão as crianças imunodeprimidas.
A pasta explica que os municípios que já possuem doses disponíveis estão autorizados, a partir desta quarta-feira, a iniciar a imunização, como o caso de Porto Alegre. Já as cidades que estão desabastecidas serão assistidas de acordo com remanejo de doses entre os municípios, o que será feito nos próximos dias.
Conforme destaca a SES, não houve ainda uma sinalização por parte do Ministério da Saúde do envio de novos lotes de Coronavac aos estados. Diante disso, a secretaria recomenda que os municípios utilizem até 50% dos seus estoques, reservando a outra metade para a segunda dose, que pelo esquema deve ocorrer 28 dias após a primeira.
“Temos um novo público de 281 mil crianças para começarmos a vacinar, enquanto temos um saldo de 172 mil doses disponíveis, sem previsão de novas doses, ao menos, para os próximos 30 dias”, informou a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, durante a reunião com os gestores. “Por isso, é importante usar apenas 50% das doses disponíveis, garantindo que quem fizer a vacina tenha reservada a segunda dose”, ponderou.
Porto Alegre começa imunização nesta quarta
Na Capital, a vacinação de crianças de 3 a 4 anos teve início nesta quarta-feira (20), às 14h. Neste primeiro momento estão sendo feitas apenas em crianças imunocomprometidas, conforme orientação do governo estadual.
Para receber a vacina, é preciso apresentar documento de identidade do pai, mãe ou responsável legal e da criança. Os pais ou responsáveis legais devem estar presentes no momento ou a pessoa que estiver acompanhando a criança durante a vacinação deve apresentar autorização. Além disso, é preciso ter comprovante da condição de saúde, por meio de atestado médico, nota de alta hospitalar ou receita de medicação.
“Estamos felizes com esta ampliação de público, mas é preciso ressaltar que é necessário levar a criançada para receber a imunização. A vacina evita as complicações da covid-19 e salva a vida dos pequenos”, destaca a diretora de Atenção Primária em Saúde, Caroline Schirmer.
A vacinação para este público está disponível em 25 unidades de saúde, sendo nove com atendimento até as 21h (Álvaro Difini, Campo da Tuca, Diretor Pestana, José Mauro Ceratti Lopes, Morro Santana, Navegantes, Primeiro de Maio, São Carlos e Tristeza). Haverá aplicação de primeira e segunda doses em todos os locais. Também é possível vacinar o público infantil até as 15 horas na unidade móvel que está estacionada em frente ao Colégio Estadual Cônego Paulo de Nadal, na rua Família Gonçalves Carneiro, 105, bairro Cavalhada.
São considerados os seguintes critérios para a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças imunocomprometidas:
- Imunodeficiência primária grave
- Quimioterapia para câncer
- Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras
- Pessoas vivendo com HIV/Aids
- Uso de corticóides em doses maiores de 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por mais de 14 dias
- Uso de drogas modificadoras da resposta imune
- Pacientes em hemodiálise
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias)
Confira aqui endereços e horários da vacinação em Porto Alegre.
5,7 milhões de doses em atraso no RS
A SES anunciou nesta semana que um total de 5 milhões e 776 mil doses da vacina contra a covid-19 estão em atraso dentro do esquema vacinal no estado. Desse total, 2.394.567 pessoas não buscaram a segunda dose de reforço, 2.705.416 não aplicaram a dose de reforço e 676.239 sequer tomaram a segunda dose. Até o momento, 40,1% da população vacinável (5 anos +) ainda não concluiu o seu esquema vacinal.
“As doses de reforços cobrem essas novas mutações do vírus. Cada nova mutação é uma espécie de brecha que possibilita uma ação do vírus de maior gravidade”, disse. “O ideal é que a população siga as recomendações do seu ciclo vacinal. Assim, as pessoas estarão com sua proteção em dia”, afirmou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde da SES, Cynthia Molina Bastos.
Conforme destaca Cynthia, a vacina contra a covid-19 fornece para o sistema imunológico ferramentas para que ele possa identificar e combater o vírus, funcionando como um reforço para as defesas naturais do corpo humano. “Quando a maioria da população completa o ciclo de vacinação, há mais proteção coletiva – isso porque o período de manifestação dos sintomas e de transmissão é menor para quem tem o ciclo completo, além de o combate ao vírus ganhar mais eficácia. Assim, aos poucos, a transmissão do vírus vai se reduzindo e, consequentemente, atrasando o seu processo de mutação”, explica.
*Com informações da SES e da prefeitura de Porto Alegre
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Edição: Marcelo Ferreira