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ENTREVISTA

“Repensar o modelo de desenvolvimento é uma necessidade”, diz presidenta do Corecon de MG

Tania Teixeira comenta a economia país, os impactos na vida da população e os desafios para mudar a realidade

26.jul.2022 às 17h58
Belo Horizonte (MG)
Ana Carolina Vasconcelos

"Há estudiosos que entendem que existe uma recuperação e estão esperançosos, mas os dados apontam para outro lado." - MST

A falta de emprego, a informalidade e o convívio com a fome têm sido cada vez mais presentes na vida da população brasileira. Além disso, os altos preços dos alimentos, do gás de cozinha e da gasolina têm gerado um clima de incerteza e de preocupação às famílias. 

Ainda que alguns estudiosos vejam a situação da economia brasileira de forma animadora, ao analisar as projeções de crescimento do país, a economista e presidenta do Conselho Regional de Economia (Corecon) de Minas Gerais, Tania Cristina Teixeira, não vê a situação de forma positiva. 

“A expectativa, inclusive, é de que a economia brasileira seja uma das que menos vai crescer, comparada a outros países emergentes”, afirma. 

Para ela, além de ampliar o crescimento econômico do Brasil, precisamos criar políticas de distribuição de renda. “Só aumentar o crescimento, sem política de distribuição da riqueza, sem atender às questões ambientais e da saúde humana, não dá uma resposta substantiva para os desafios que a gente vem enfrentando”, enfatiza. 

Para entender um pouco mais sobre esse cenário, o Brasil de Fato MG conversou com a presidenta do Corecon sobre a situação econômica do país, os impactos na vida da população e os desafios para mudar a realidade. 

Além de economista, Tania é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutora em Economia Aplicada pela Universidade de Valência, na Espanha, e pesquisadora, extensionista e professora dos cursos de economia, direito e turismo da PUC Minas.

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato MG – Como você caracteriza o atual momento da economia brasileira?

Tania Cristina Teixeira – O cenário econômico em que a gente vive no Brasil e em Minas Gerais não é alentador. Há estudiosos que entendem que existe uma recuperação e estão esperançosos, mas os dados apontam para outro lado. 

A estimativa de crescimento econômico do país é de menos de 2% neste ano. A expectativa, inclusive, é de que a economia brasileira seja uma das que menos vai crescer, comparada a outros países emergentes. Temos a projeção de alcançar 2% de crescimento apenas em 2025.

O IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] aponta ainda que, no primeiro trimestre deste ano, tivemos um crescimento de apenas 1%. No setor da agropecuária tivemos uma queda de 0,9% no primeiro trimestre de 2022, quando comparamos com o ano passado. Já no campo da indústria, existe uma certa estabilidade.

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Os setores que tiveram crescimento foram os de eletricidade, água, gás, esgoto e atividades de resíduo. Esses são, justamente, os que tiveram alta nos preços de 6,6%. Essa alta nos preços pode ser atribuída à política de privatizações.

De acordo com as projeções, a taxa Selic deve fechar em torno de 13,75% e teria uma queda em 2023. A perspectiva de baixa das taxas de juros poderia justificar o investimento na atividade produtiva. 

Acreditamos também que o Índice Geral de Preços, que mede a elevação dos preços de um mês para o outro, vai ter um aumento de 0,60%.

Diante desse cenário, quais são os impactos no mundo do trabalho?

A falta de trabalho atinge cerca de 10,6 milhões de brasileiros. Atualmente, a criação de empregos no país e em Minas Gerais está muito relacionada a empregos precários. Viemos assistindo a esse processo, inclusive antes da pandemia da covid-19. 

O maior crescimento de ocupação, comparado ao ano passado, se deu em empregos sem carteira assinada, que teve uma alta de 23,6%. Já o emprego com carteira de trabalho registrou o aumento de 12,8%, no mesmo período. 

O trabalho doméstico também cresceu significativamente, correspondendo a quase um milhão de pessoas atuando no serviço, a maioria sem carteira assinada. Esse trabalho se intensificou no período pandêmico e é extremamente inseguro, no sentido de que não tem as mesmas garantias que outros empregos.  

Com relação à taxa de informalidade, verificamos que ficou em torno de 40,1% da população ocupada. Isso significa 39,1 milhões de trabalhadores informais. 

Minas Gerais ainda manteve um saldo de empregos formais positivo, em relação ao mês de maio, no qual foi registrado superávit de 29,97 mil vagas de trabalho, indicando o quarto resultado consecutivo, após déficit em janeiro. 

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O setor de serviços foi o responsável pela geração de 12627 empregos no estado, seguido pela indústria com 5429, comércio com 5427, construção com 3491 e a agropecuária com 2996.

As mulheres foram muito penalizadas no período pandêmico. Até mesmo dos postos de trabalho informal, elas foram as mais dispensadas. Além disso, aquelas que foram trabalhar em suas casas adquiriram uma tripla jornada de funções. Esse cenário agrava a saúde psíquica dessas mulheres, que têm todo o desgaste e a precarização da relação de trabalho. 

Quais são as alternativas e perspectivas de mudanças da atual situação do país?

Só aumentar o crescimento, sem política de distribuição da riqueza, sem atender às questões ambientais e da saúde humana e sem o entendimento da organização produtiva das cidades, não dá uma resposta substantiva para os desafios que a gente vem enfrentando. 

Certamente, precisamos pensar numa agenda que leve em consideração o trabalho decente, o desenvolvimento integral, o bem-estar, a redução da desigualdade e, ainda assim, não seria suficiente para dar retorno significativo para a sociedade em que vivemos. Não só no âmbito nacional, mas em âmbito planetário. 

Esses desafios estão postos e as respostas, infelizmente, estão muito focadas na tentativa de estancar algum processo decorrente da crise. O capital, principalmente o financeiro, é internacional, mas as saídas estão muito localizadas. 

Mesmo em Minas, que tem uma retomada de crescimento, a gente vem enfrentando problemas cada vez mais significativos, como a queda da produção, associada a alta destruição, poluição e descontentamento da própria população. 

Por exemplo, querem extrair minério ao lado da casa das pessoas, como é o caso da Serra do Curral. Você vê que a situação vai ficando cada vez mais debilitada e não há regulação a respeito. A população se mobiliza de forma contrária e, ao mesmo tempo, ela precisa da atividade produtiva. 

Essa é uma grande contradição que coloca a necessidade de repensar esse modelo de desenvolvimento econômico, social e ambiental. Não é uma falácia, é uma necessidade.  

 

Editado por: Larissa Costa
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