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EDUCAÇÃO POPULAR

Artigo. “Não troco meu oxente pelo ok de ninguém”

Nosso desmonte educacional é o mesmo que o dos demais países latino-americanos

27.jul.2022 às 20h05
Curitiba (PR)
Cláudia Gruber

Pois só assim poderemos, juntos, confrontar esse comércio educacional global e buscarmos, com isso, uma educação solidária - Giorgia Prates

Já dizia Ariano Suassuna a frase do título deste artigo.

A II Conferência Nacional de Educação Popular (CONAPE), realizada em Natal-RN, reafirmou tal frase ao reunir trabalhadores e trabalhadoras de educação de todo o país. Foram múltiplas vozes, cores e culturas regionais, todas juntas e misturadas. Um evento lindo de se ver e de se participar.

Houve três dias de evento com uma série de atividades reafirmando a importância de uma educação pública gratuita e de qualidade em todas as modalidades de ensino, como instrumento vital para a prática da cidadania e ativa participação social de todos os seus agentes.

Pudemos compartilhar experiências com colegas de todos os estados e vimos que nossos problemas são comuns, mas uma atividade autogestionada chamou-me a atenção em especial: “Os desafios da educação pública na América Latina”. Tivemos três debatedores: Yamile Socolovski (Argentina), Combertty Rodriguez (Costa Rica)  e Eduardo Pereyra (Argentina). 

As notícias que nos trouxeram os hermanos não são muito diferentes das situações que vivenciamos aqui.  Nosso desmonte educacional é o mesmo que o dos demais países latino-americanos.

O processo do comércio educativo e privatizações na área é globalizado e corresponde a uma arquitetura global, estando intensificado em países com governos de direita. Paraguai (Mario Benitez), Equador (Guilherme Lasso) e Uruguai (Lacalle Pou) e Brasil (Bolsonaro) figuram nessa lista, dizendo OK a Planos Decenais de Educação a entidades internacionais, praticamente todas capitaneados pelos EUA.    

Os palestrantes, fazendo um breve retrocesso, apontam a década de 1990 como o início deste processo, onde órgãos como o Banco Mundial (BIRD), o BID, a OCDE e o FMI vieram pautando as políticas educativas para a América e governos alinhados a tais filosofias traçaram metas visando a deteriorização da educação pública para a entrada dos grupos privados. 

Fator a ser destacado foi e é o uso do dinheiro público para financiar os setores privados da educação. Vemos isso aqui no Brasil com os 5S, por exemplo, e os drásticos cortes financeiros feitos no MEC.

Vejamos o exemplo do que ocorre na Argentina, um dos países hispânicos que mais valoriza a educação.  Lá, houve a redução drástica do PIB para a educação durante o governo Macri, menos 6,2%. Não foi construída nenhuma escola em seu mandato, mas, em compensação, houve inúmeras delas fechadas.

O que causou imensa revolta da população, já que lá as escolas nasceram junto com o Estado-nação. Além disso, aquele governo objetivava dois níveis educacionais: chefias e subordinados. Ou seja, escolas específicas para a elite e escolas para o povo. O mesmo ocorreu na educação superior, onde houve a desvalorização gradativa dos docentes, assim como dos processos de pesquisa; sucateamento da infraestrutura, esvaziamento dos debates políticos.

Hoje, mais de 50% das IES argentinas foram privatizadas e, em torno de 60% dos graduandos vêm das privadas. A pandemia serviu para que houvesse uma discussão sobre a escola que precisa ser resgatada naquele país e essa retomada se torna possível com o novo governo Fernandez-Kirchner.

Eleições ocorridas também na Bolívia (Luis Arce), Chile (Gabriel Boric) e Colômbia (Gustavo Petro) trazem a expectativa desses países em recuperar sua educação pública e, dentro desse viés, a nossa eleição que se avizinha, é de grande expectativa para os demais países latino-americanos.

Há o entendimento de nossos hermanos que a vitória de Lula tem o desafio de redemocratizar nossos espaços educativos para todos os segmentos da população: mulheres, negros, pobres, LGBTQI+, povos originários, pois só assim poderemos, juntos,  confrontar esse comércio educacional global e  buscarmos, com isso, uma educação solidária, tendo as escolas e las escuelas como territórios democráticos e de paz. 

 

Editado por: Pedro Carrano
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