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Análise | Medo injustificado

O foco jornalístico deveria se atentar mais aos interesses da espionagem feita pelo setor de cibernética do Exército

06.ago.2022 às 11h41
Brasil de Fato
Manuel Domingos Neto
Centro de Defensa Cibernética del Ejército Brasileño

Centro de Defensa Cibernética del Ejército Brasileño - Centro de Defensa Cibernética del Ejército Brasileño

Houve quem arrepiasse de medo ao ler a reportagem da Folha de S. Paulo publicada na quarta-feira (3): “Exército compra equipamento para acessar celulares e silencia sobre motivos”. Nada mais compreensível, neste momento em que a democracia magrinha que nos sobrou está ameaçada.

O jornal insinua que o Exército se prepara para extrair “dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e de registros públicos armazenados em redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram”.

:: Como identificar perfis falsos ou influenciadores com seguidores robôs nas redes ::

Ora, isso é comezinho na inteligência militar. O jornal reportou que "a galinha come milho". Impossível corporações armadas se manterem avisadas sem recursos técnicos básicos.

O jornalista diz que, “pela primeira vez”, o Exército compra tal tipo de ferramenta. O coronel da reserva do Heraldo Makrakris emendou: trata-se de “mais uma” ferramenta. A reportagem é tão rasteira e enganosa que outro coronel, Marcelo Pimentel, ironizou: "o jornalista devia ganhar um Pulitzer".

O repórter fez o leitor pensar em ladroagem ao informar que a compra foi efetuada sem licitação. Não sabia que é bizarro anunciar esse tipo de compra? E que, se houve publicidade, foi intencional, como alertou o coronel Marcelo Pimentel? 

O repórter fez ainda o pobre leitor imaginar planos terríveis, ao destacar que a compra foi autorizada pelo general Paulo Sérgio, hoje ministro da Defesa dedicado a fustigar o TSE por conta de urnas eletrônicas. 

Nesses assuntos, as reportagens necessárias deveriam tratar das intenções dos vazamentos de notícias, ensina Piero Leirner, obstinado pesquisador da guerra híbrida. A atuação dos militares está dirigida para condicionamentos da sociedade. Interessa-lhes criar ambientes que chamam de “psicossociais” e, neste sentido, usam sorrateiramente a imprensa desavisada ou de má fé.

Não cabe aos brasileiros temer a capacidade de espionagem das corporações militares. Guerreiros, quanto mais informados, melhor se preparam para suas missões. 

O que deveria preocupar são os propósitos da espionagem. Seria para acompanhar o passo a passo dos numerosos agentes estrangeiros imiscuídos em nossos negócios? 

O que deve deixar o cidadão inquieto é a obcecada preocupação do militar com o “inimigo interno”, que o transforma, para a alegria do potencial agressor estrangeiro, em caçador de cidadãos descontentes com o ordenamento socioeconômico. 

O que mete medo é o distúrbio de personalidade do militar brasileiro que, ao se dedicar à manutenção da lei e da ordem, abandona sua função precípua de preparar-se para enfrentar o estrangeiro hostil. 

:: TCU dá aval a acordo do Exército com empresa israelense: entenda possível ameaça às eleições ::

O que deve assombrar os brasileiros é a dependência das corporações militares em armas e equipamentos de potências estrangeiras. Em outras palavras: a incapacidade de defender o país com armas próprias e o permanente beneficiamento de complexos industriais-militares que aterrorizam o mundo. 

Ao ocupar a mente dos brasileiros com potocas, jornalistas não ajudam a luta democrática. Atuam como transmissores de desígnios castrenses.

Será que um dia veremos grandes jornais enviando repórteres à Washington para nos relatar o que diabo fazem as comissões das Forças Armadas brasileiras nos Estados Unidos? Isso, sim, amedronta.

Desde a Segunda Guerra Mundial mantemos escritórios militares permanentes neste país. Os recursos públicos esbagaçados bastariam para mudar o rumo da prosa em política de Defesa. 

Estivessem as fileiras voltadas para dissuadir possíveis agressores estrangeiros, não lhes sobraria disposição para tutelar o Estado e a sociedade. A democracia estaria melhor protegida.

*Doutor em História pela Universidade de Paris. Ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED). Foi vice-presidente do CNPq.

*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Daniel Lamir
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