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TRANSPORTE E PODER

Professor Lafaiete Neves: como funciona a operação do sistema de transporte de Curitiba?

Várias gestões de prefeitos foram se sucedendo e esse rentável negócio do transporte coletivo foi mantido sob proteção

08.ago.2022 às 16h38
Curitiba (PR)
Lafaiete Neves

Fizeram um amplo abaixo assinado com 88 mil assinaturas entregue ao prefeito Jaime Lerner e ao Ministério Público do Paraná, denunciando a má qualidade do transporte coletivo - Giorgia Prates

A legislação sobre licitações no Brasil tem início com o Decreto 2926/1862, abrindo a concorrência para a prestação de serviços públicos.

Na sequência, edita-se o Decreto Lei 4536/1922, seguido do Decreto Lei 200/1967, do decreto Lei 5456/1968, do Decreto Lei 2300/1986, Lei 8666/1993, Lei 10520/2002, Lei 12462/2011, Lei 13303/2016, Lei 6814/2017, aprovada pelo Senado Federal e Decreto 10024/2019.

O serviço público do transporte coletivo de Curitiba, que vinha operando desde o final do século XIX e durante o século XX, não teve regulamentação alguma baseada em lei ou decreto licitatório. A forma de operação era uma verdadeira” ação entre amigos”, como vimos no artigo anterior, os prefeitos permitiam operação de bondes elétricos e puxados a mulas, faziam vistas grossas às empresas familiares, que entraram no negócio como autônomos apenas com permissão dos prefeitos. A gestão do prefeito General Ney Braga em 1954, fortaleceu essas famílias da elite tradicional da cidade de Curitiba, inclusive as beneficiando, quando extinguiu o serviço de bondes elétricos acabando com a concorrência, permitindo assim a manipulação dos  preços da tarifas até hoje, em pleno século XXI.

Várias gestões de prefeitos foram se sucedendo e esse rentável negócio do transporte coletivo foi mantido sob proteção. Com a ditadura militar em 1964, e o endurecimento político em 1968, com a edição da legislação repressora como o Ato Institucional número 5, suspendendo direitos políticos e civis, sendo fechado o Congresso Nacional, a redução dos partidos em apenas dois, ARENA (Aliança Renovadora Nacional – governo) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro- oposição).

Foram suspensas as eleições diretas nas capitais e áreas de segurança nacional, sendo os governadores estaduais e prefeitos nomeados pela ditadura militar.

 Jaime Lerner , arquiteto  do IPPUC foi nomeado para seu 1º. Mandato de prefeito de Curitiba em 1971 pelo Governador interventor no  Paraná Haroldo Leon Perez – ARENA, cassado e substituído pelos governadores interventores Parigot de Souza – ARENA e Emilio Gomes – ARENA , mantiveram Jaime Lerner até 1975. Em 1979, foi nomeado pelo Governador interventor  General Ney Braga- ARENA,  para o seu 2º. mandato de prefeito de Curitiba concluído em 1984.

Implantou de forma autoritária nos mandatos,  o  Plano Diretor de Curitiba dando destaque ao transporte coletivo , cujos veículos passam a correr nas estruturais com pistas exclusivas, inaugurando os ônibus expressos (vermelhos) em 1974, fabricados pela Volvo, implantada em Curitiba para produzir caminhões para transporte pesado e chassis para os ônibus. Fez intervenções urbanas no centro da cidade com a implantação da rua das flores exclusiva para pedestre e comércio. Curitiba se projeta nacional e internacionalmente como “ cidade modelo”.

De fato, moderniza o sistema de transporte com a Rede Integrada de Transporte (RIT) construindo terminais    nas várias regiões da cidade, onde centraliza os embarques e desembarques no sentido bairro centro e centro bairro, transformando a maioria da linhas direta sentido bairros/centro/bairros em linhas alimentadoras. Inicialmente o sistema não foi bem planejado, pois ainda sem os terminais tiveram que fazer verdadeiros currais para colocar os usuários espremidos igual a gado, cujas porteiras eram fechadas com cadeados e abertas quando chegavam os ônibus expressos. Houve uma grande reação popular e o povo chamava esses currais de “ Chiqueirinhos”. O desgaste do prefeito Lerner foi muito grande. As associações de bairros criadas no final dos anos de 1970,  principalmente na região sul eram muito fortes e passaram a denunciar o prefeito de submisso  aos empresários do transporte coletivo. Fizeram um amplo abaixo assinado com 88 mil assinaturas entregue ao prefeito Jaime Lerner e ao Ministério Público do Paraná, denunciando a má qualidade do transporte coletivo, o fim dos chiqueirinhos, sujeira dos ônibus, tarifa cara que representava 30% da renda familiar segundo o DIEESE e exigindo licitação para que houvesse concorrência para substituir as famílias da elite tradicional, que dominavam e ainda dominam o transporte coletivo da cidade. A população considerava um absurdo o prefeito Jaime Lerner continuar protegendo essas famílias de empresários que durante décadas impediram a licitação, continuando com a permissão quando já existia o Decreto Lei 200/67, que exigia Licitação para os serviços públicos.

 

Editado por: Pedro Carrano
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