MANIFESTAÇÃO

Aviões de guerra e navios da FAB estarão no 7 de setembro convocado por Bolsonaro no RJ

Desfile militar será no centro da cidade, mas ato na orla de Copacabana terá exibição da Marinha e da Força Aérea

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Bolsonaro durante comemoração ao Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira - Agência Brasil

Os organizadores da manifestação convocada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, no próximo dia 7 de setembro, conseguiram a confirmação da participação de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e de navios de guerra da Marinha na orla de Copacabana.

Depois de ser obrigado a recuar da presença de tanques e soldados das Forças Armadas na Avenida Atlântica, na zona sul da cidade, e ver a confirmação de que o desfile militar será no centro do Rio, Bolsonaro não abandonou a ideia de envolver militares em seu ato político no dia em que se comemora a Independência.

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De acordo com reportagem publicada pelo colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo, a Esquadrilha da Fumaça, da FAB, fará manobras e acrobacias nos céus da Avenida Atlântica durante o ato bolsonarista. A Marinha também dará sua contribuição: navios de guerra atravessarão a Baía de Guanabara e singrarão o mar de Copacabana na data.

Oficialmente, o motivo para ambas demonstrações é o festejo do bicentenário. Segundo o colunista de O Globo, contudo, "não é necessário somar dois e dois para entender que servirão à campanha, à reeleição".

No evento em que foi anunciado oficialmente candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), Bolsonaro convocou apoiadores para os atos em 7 de Setembro.

“Nós não vamos sair do Brasil. Nós somos a maioria, somos do bem. Nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade e nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez”, conclamou.

O chefe do Executivo disse ainda que “estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo”, em referência aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Têm que entender que quem faz as leis é o poder Executivo e o poder Legislativo”, continuou, em provocação aos ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que têm se posicionado contra as ameaças bolsonaristas.

Edição: Rebeca Cavalcante