FAKE NEWS

Marco Feliciano admite espalhar notícia falsa sobre PT fechar igrejas evangélicas; entenda

Fake news se disseminou em diversas igrejas de São Paulo, aponta levantamento feito pela Rádio CBN

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

Ouça o áudio:

Notícia falsa visa vincular Lula ao fechamento de igrejas evangélicas; informação é falsa - Billy Boss/Câmara dos Deputados

O deputado Marco Feliciano (PL-SP), que também é pastor evangélico, admitiu, em entrevista à Rádio CBN, que está espalhando que o PT pretende fechar igrejas caso volte ao poder. A informação, obviamente, é falsa.

A reportagem ouviu o congressista depois de visitar seis grandes denominações no estado, além de outras menores, e em todas fiéis terem dito acreditar nesse boato.

:: "Bolsonaro é o oposto da pregação de Jesus", afirmam jovens evangélicos no Papo na Laje ::

"Conversamos sobre o risco de perseguição, que pode culminar no fechamento de igrejas. Tenho que alertar meu rebanho de que há um lobo nos rondando, que quer tragar nossas ovelhas através da enganação e da sutileza. A esmagadora maioria das igrejas está anunciando a seus fiéis: ‘tomemos cuidado’", disse Feliciano, que é pastor da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.

O coordenador de comunicação da campanha de Lula, Edinho Silva, lembrou que foi justamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o responsável por regulamentar a liberdade de constituição de igrejas no Brasil.

:: Voto evangélico: além de religião, família e segurança importam para um segmento que é diverso ::

"A notícia, além de falsa, é absurda. Foi Lula quem regulamentou, em 2003, a liberdade de constituição de igrejas no país. Se tem alguém que governou respeitando a religiosidade, em especial a evangélica, foi ele", disse o petista.

Segundo pesquisa Datafolha de 2019, 31% dos brasileiros são evangélicos. Esse segmento é um dos únicos em que Bolsonaro, candidato à reeleição, supera Lula em intenções de voto.

De acordo com o último levantamento do mesmo instituto, Bolsonaro superaria o petista em dez pontos percentuais (43% a 33%) em uma eleição só com os votos de eleitores evangélicos.

Edição: Glauco Faria