Debate

RS: Seminário regional reúne mulheres atingidas por barragens de Itá e Machadinho

Cerca de 60 mulheres da região do Alto Uruguai debatem efeitos de barragens sobre sua saúde e organizam resistência

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Atingidas por barragens discutem luta e políticas de saúde em Erechim - Divulgação MAB

Erechim (RS) foi palco do Seminário Regional "Mulheres Atingidas por Barragens Resgatando Saberes e Multiplicando Saúde II", realizado no início de agosto. O projeto, que teve início em 2019, é desenvolvido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens no Rio Grande Sul (MAB/RS) e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Erechim, a partir do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos Agrários, Urbanos e Sociais/NIPEAS.

Cerca de 60 mulheres da região do Alto Uruguai Gaúcho, entre participantes do projeto, militantes do MAB, representações de entidades e organizações parceiras debateram os impactos causados pela construção das barragens de Itá e Machadinho.

O objetivo é promover a organização comunitária de mulheres atingidas por essas barragens e debater os impactos causados por estes empreendimentos na vida e saúde, o resgate dos saberes populares e tradicionais envolvendo plantas medicinais e cuidados com a saúde, além da discussão em torno do tema dos direitos das atingidas por barragens.

As atividades consistiram em entrevistas a domicílio e encontros nos cinco municípios envolvidos: Erechim, Aratiba, Mariano Moro, Marcelino Ramos e Machadinho.

O evento foi aberto com uma análise da conjuntura nacional, por Cristiane Nadaleti, doutoranda em Educação. Logo após, foram apresentados os resultados preliminares da pesquisa pelo professor Emerson Neves, coordenador do projeto pela UFFS. Por último, foi realizado um debate sobre a saúde popular e a construção de políticas públicas, conduzido pela professora Vanderleia Pulga, do curso de Medicina da UFFS campus Passo Fundo.

Estiveram presentes a direção da UFFS campus Erechim, representante do Levante Popular da Juventude e Direção da UEE Livre, Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP), Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e Sindicato Unificado dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SUTRAF AU).

Os encaminhamentos do encontro foram a continuidade do trabalho junto as mulheres atingidas por barragens, para avançar no processo de organização comunitária e na luta por saúde, vida digna e direitos.


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Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira