Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Escândalo

Sakamoto: defesa de golpe por empresários acende temor por doação ilegal a Bolsonaro

Parte da elite é cumplice nas intenções autoritárias do presidente

18.ago.2022 às 12h14
Leonardo Sakamoto
|UOL

Audiência com participação do empresário Luciano Hang, ministro de Economia, Paulo Guedes e presidente da República, Jair Bolsonaro - Marcos Corrêa/PR

 

Ricos empresários bolsonaristas defendendo golpe de Estado em caso de vitória de Lula em seu grupo de WhatsApp não é apenas um ataque bizarro à democracia, mas um clichê terrível.

A reportagem de Guilherme Amado, Bruna Lima e Edoardo Ghirotto, no portal Metrópoles, que mostrou as entranhas do grupo "Empresários & Política", é fundamental, pois confirma que uma parte da elite econômica está agarrada ao capitão não apenas por pragmatismo, mas por cumplicidade ao seu golpismo.

"Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo", afirmou José Koury, dono do Barra World Shopping.

Ganhou apoio de Afrânio Barreira, dono do Coco Bambu. E um comentário de André Tissot, do Grupo Sierra, dizendo que "o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo".

Koury se justificou dizendo que "vivemos numa democracia e posso manifestar minha opinião com toda liberdade". Ou seja, por estar em uma democracia, acredita que pode ter a liberdade de atacar a própria democracia.

Basicamente apela para o "paradoxo da tolerância". Se uma sociedade tolerante aceita a intolerância como parte da liberdade de expressão ela pode vir a ser destruída pelos intolerantes. Como analisou o filósofo Karl Popper, a liberdade irrestrita leva ao fim da liberdade da mesma forma que a tolerância irrestrita pode levar ao fim da tolerância.

A estratégia é largamente usada por Jair, que defende o "direito" de contar mentiras sobre o sistema brasileiro de votação, pilar da democracia, em nome da liberdade garantida pela democracia.

No caso do presidente e dos empresários isso é bem mais preocupante que cidadãos comuns porque eles têm recursos para implementar seus pontos de vista.

Declarações reacendem preocupação por doações ilegais e voto de cabresto

O episódio traz ao menos uma lição e um alerta.

A lição é para quem defendeu que o (necessário) manifesto encabeçado pela Fiesp, que reuniu uma parte importante do empresariado nacional para defender a democracia, afastava o golpismo por parte da elite.

Esta coluna já havia lembrado que os empresários bolsonaristas são numerosos, engajados, articulados e endinheirados. Além dos já citados, o grupo de zap reúne também Luciano Hang (Havan), José Isaac Peres (Multiplan), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), Marco Aurélio Raymundo, o Morongo (Mormaii), Meyer Nigri (Tecnisa), entre outros.

Já o alerta diz respeito à necessidade de monitorar eventuais apoios que possam ser dados de forma ilegal para a reeleição do presidente.

Nada impede que, como pessoas físicas, empresários doem à campanha de Bolsonaro, nos limites estabelecidos pela lei eleitoral e de forma registrada. Isso não inclui, contudo, bancar o impulsionamento de conteúdos contra adversários ou disparos em massa de mensagens, como ocorreu em 2018.

Tampouco tentar comprar o voto de funcionários, como apareceu no próprio grupo de WhatsApp, com uma sugestão de que empresários pagassem bônus aos empregados que votassem alinhados a eles. Em 2018, aliás, Luciano Hang foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho por tentar influenciar o voto de seus empregados.

No ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral manteve o mandato de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, apesar de reconhecer que disparos em massa foram feitos contra seus adversários via WhatsApp na eleição em que foi eleito. O atual presidente da corte, ministro Alexandre de Moraes, avisou que, se isso ocorrer em 2022, irá mandar os responsáveis "para a cadeia por atentarem contra as eleições e a democracia no Brasil".

Por fim, o grupo bolsonarista também ajuda a explicar a raiva de Jair Bolsonaro dos ricos empresários que assinaram a carta da Faculdade de Direito da USP e o manifesto da Fiesp em prol da democracia. Ele os chamou de "mamíferos", "caras de pau", "sem caráter".

Acostumado ao apoio incondicional dos integrantes do "Empresários & Política", o presidente acreditava que todo o rico era poroso a seus ataques à urna eletrônica e ao STF e suas ameaças à democracia. Ficou transtornado quando descobriu que o mundo era maior que um grupo de zap.

 

*Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

 
 
Conteúdo originalmente publicado em UOL
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

EDUCAÇÃO PÚBLICA

Camilo Santana anuncia financiamento de cursinhos populares em SP em ato que denunciou desmonte do ensino

Escalada de tensão

‘Trump vive da polarização’, diz professor sobre repressão a imigrantes nos EUA

Barco capturado

Itamaraty diz que ativistas sequestrados por Israel estão bem, mas destino é incerto, afirma coordenadora

TRAMA GOLPISTA

Ramagem nega monitoramento ilegal de ministros do STF pela Abin

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Encontros abertos debatem melhorias na rede de assistência social do Recife

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.