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Apesar de queda de 72% de mortes, para Tarcísio de Freitas "Rota não deveria usar câmeras"

Candidato bolsonarista ao governo de São Paulo pretende revisar medida que reduziu a letalidade policial

São Paulo | SP |

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Aliado de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas quer rever a a medida responsável pela queda da letalidade policial em São Paulo - Alan Santos/PR

Em sabatina do site G1, Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato a governador de São Paulo, criticou o uso de câmeras em fardas de policiais militares, medida adotada desde 1º de agosto de 2020, pelo então governador João Doria (PSDB).

“Em minha opinião, a Rota não deveria usar câmeras em fardas”, afirmou Freitas, que é ex-ministro de Infraestrutura de Jair Bolsonaro. Questionado sobre a medida, o candidato deu uma resposta pouco compreensível.

“As vezes, ele pode ser alvo de uma isca, de alguém que vai desmobilizar uma guarnição e vai ser obrigado a fazer um flagrante que ele sabe que não tem relevância, porque aquilo vai desmobilizar o caminho livre para um crime de maior potencial, por ali sairá uma grande quantidade de droga ou arma.”

Ao final, quando confrontado com dados que indicam a queda da letalidade policial, após o uso de câmeras em fardas, preferiu encerrar o assunto. “Eu tô colocando meu ponto de vista, eu sou candidato para colocar meu ponto de vista.”

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Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mostram que  letalidade policial despencou 72%, desde que as câmeras passaram a ser utilizadas nas fardas dos policiais militares.

No primeiro trimestre de 2020, quando a medida ainda não havia sido adotada no estado, 435 pessoas foram mortas por policiais em serviço. No mesmo período de 2021, foram 123 assassinatos.

Edição: Rodrigo Durão Coelho