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Derretimento do Bitcoin é só a ponta do iceberg das criptomoedas

Apessar de promessas, moedas digitais repetem modelo desigual do capitalismo nos EUA

29.ago.2022 às 20h33
Los Angeles (EUA)
Eloá Orazem

Ponto de venda de bitcoin em Nova York - Michael M. Santiago / Getty Images via AFP

Depois de ver seu valor derreter em mais de 70% desde novembro do ano passado, o bitcoin (a criptomoeda mais conhecida e usada do mundo) coloca em xeque o modelo das moedas digitais, e faz muita gente questionar se as criptomoedas não seriam um novo tipo de esquema de pirâmide hi-tech.

Fundador de um dos maiores softwares de tributação de criptomoedas da Índia, o empreendedor digital Gaurav Mehta conversou com o Brasil de Fato sobre o tema. "Há muitos elementos ali que lembram, mesmo um esquema de pirâmide, mas há tantos outros que afastam essa teoria", diz o empresário.

Segundo ele, um importante argumento que desbanca a narrativa de fraude é que o valor do bitcoin jamais será zero. "Vai ter sempre alguém disposto a pagar alguma coisa por isso, mesmo que seja um dólar ou alguns centavos", explica, "e num esquema de pirâmide clássico, tem sempre alguém tirando o dinheiro – no caso do bitcoin, o dinheiro ainda está ali. As pessoas fazem parte do modelo". 

Quanto à volatilidade e queda das criptomoedas, Mehta parece aceitar tudo com naturalidade. "O valor de um determinado produto é baseado em sua utilidade e, ou, no sentimento do mercado. O ouro, por exemplo, tem pouca utilidade, e 80% de seu preço é determinado pelo mercado. O bitcoin não tem utilidade alguma, e seu preço é uma resposta ao sentimento do mercado", completa.

Sem arriscar previsões sobre uma nova alta – ou queda – das moedas digitais, Mehta concorda, porém, que a manutenção e sobrevida do bitcoin, assim como no esquema de pirâmide, depende das demais camadas.

"Os preços das moedas digitais sobem quando a próxima geração chega a bordo. Ou seja, a primeira camada vende para a segunda e colhe os frutos disso; a segunda camada vende para a terceira e colhe os frutos disso, e assim por diante", diz, "mas para quem venderemos agora?".

O especialista em criptomoedas explica que é natural que a próxima geração de compradores venham dos Brics (Brasil, Russia, India, China), e que depois disso o dinheiro deve seguir para a África – mas ninguém sabe a que preço.

:: Para manter hegemonia financeira, Estados Unidos estudam criar moeda digital ::

O que é amplamente sabido, porém, é que os estadunidenses são os que se deram melhor com a disparada e toda a especulação do bitcoin. "A maioria dos participantes da equipe principal de desenvolvimento do Bitcoin pertence aos EUA: Nick Szabo, Hal Finney, Jeb McCaleb, Gavin Andresen… Então é coincidência? Claro que não". 

Para Mehta, o bitcoin sempre foi um dólar digital e, tal qual, obedece aos interesses dos Estados Unidos. "É tudo muito óbvio: Satoshi Nakamoto, o misterioso criador do Bitcoin, usou um sinal que é muito parecido ao do dólar, e isso não é coincidência". 

Prova disso é que assim como acontece no mercado offline, as criptomoedas estão repetindo o modelo capitalista dos Estados Unidos, a começar pela grande desigualdade. Hoje, para uma pessoa comprar bitcoin, ela precisa criar uma carteira digital, que muito provavelmente é gerenciada e oferecida por uma empresa dos EUA. Depois, é preciso adquirir o bitcoin, negociado em dólar. Ou seja, é muito mais fácil para um cidadão estadunidense ou europeu comprar uma criptomoeda do que um brasileiro, que ganha em real e vê seu poder aquisitivo diminuído por isso. 

"É uma economia privilegiada e branca. 95% das pessoas que já estão no mercado das criptomoedas são homens entre 24 e 38 anos, com experiência em tecnologia ou finanças", afirma Mehta.

Por esses e outros fatos, o empreendedor digital acha que é uma "grande piada de mal gosto" a ideia de que bitcoins ou outras criptomoedas sejam a solução para a inclusão digital e igualdade social. Seu principal argumento remonta um comercial. "Era uma propaganda das criptomoedas, e mostrava um sapateiro iraniano, que não tinha banco, recebendo seu pagamento em uma moeda digital. Ninguém falou ali sobre a liquidez desse dinheiro: o sapateiro iraniano precisa comer agora, não pode ficar esperando. Sua preocupação não é ficar milionário, mas prover para a sua família", diz, "pessoas assim venderiam um bitcoin a qualquer preço, porque não têm o luxo de esperar por uma boa liquidez".

Quanto às regulamentações já feitas e outras à caminho, por parte da Casa Branca e de outros governos, Mehta diz que o sentimento geral é bastante contraditório. "Por um lado, a regulamentação é bem-vinda por agregar um status oficial e dar às criptomoedas fôlego, por outro, essas novas leis minam exatamente os pilares das moedas digitais, como a não cobrança de impostos, por exemplo". 

Parte ativa do setor de cripto, Mehta se esquiva de dar conselhos sobre o que fazer nesta seara, mas é bastante realista quanto ao futuro: ele vai ser muito parecido com o passado. "Assim como já disseram que dinheiro em colchão não é seguro, e que é melhor colocar esses valores num banco, vamos dizer que bancos não são seguros, e é melhor colocar tudo em cripto – e ninguém sabe quantas empresas e indústrias podem ser afetadas por isso". O indiano finaliza com uma pergunta: "sim, viva a revolução, mas a que preço?".

Editado por: Thales Schmidt
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